O governador do Estado Reinaldo Azambuja anunciou na tarde desta segunda-feira (3) o reajuste linear de 2.94% aos 75 mil servidores estaduais ativos e inativos. Assim Mato Grosso do Sul passa a ser o único Estado brasileiro a conceder reajuste em 2017. O percentual foi elaborado mediante a capacidade de pagamento estadual, considerando a inflação e terá impacto de mensal de R$ 11 milhões na folha de pagamento a partir de setembro.
No iníco da tarde o JD1 Notícias já havia adiantado que índice de reajuste será próximo ao número do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) que é de 3,60 %, levando-se em conta o período de maio de 2016 a maio de 2017. O valor anunciado pelo governador esta tarde é um pouco menor.
O anúncio foi feito durante reunião na Governadoria, nesta tarde com o governador Reinaldo Azambuja e representantes de 39 sindicatos que representam as diferentes categorias de servidores. Estiveram presentes os secretários estaduais Carlos Alberto (SAD) e Eduardo Riedel (Segov), além do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Júnior Mocchi.
Na reunião, Reinaldo Azambuja destacou os avanços feitos nas negociações com os representantes dos servidores desde 2015 – inclusive assumindo reajustes e benefícios pactuados na gestão anterior – e o impacto que as milhares de promoções, progressões funcionais e diversos outros benefícios tiveram nas contas estaduais.
“Nós saímos de uma folha de pagamento em 2014 de R$ 3,9 bilhões para uma folha em 2016 de R$ 5,3 bilhões. Isso foi para o servidor, nas suas representações, categorias, progressões, promoções que ficaram mais de dez anos paralisadas por governos anteriores”, disse. Ele lembrou que as mudanças ocorreram em um cenário de crise em todo o País. “São poucos os estados que estão cumprindo com as suas obrigações de pagamento”, ressaltou.
“Nenhum estado brasileiro deu, hoje, qualquer tipo de reajuste. Mato Grosso está dando para 2018/2019. Nenhum estado brasileiro deu qualquer tipo de reajuste. Então, nós estamos pedindo responsabilidade. O Governo está atento nesse momento. Pedimos aos nossos servidores tranquilidade porque é a maior crise que o Brasil já vivenciou. Então, nós estamos conseguindo avançar em conquistas específicas. Mas, no momento, o reajuste geral maior que esse não é possível porque põe em risco a saúde financeira do Estado”, afirmou o secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel.
Ele lembrou da responsabilidade do Estado em cumprir a Lei Complementar 156, que prevê contenção de gastos como contrapartida ao alongamento da dívida dos estados com a União, votada no ano passado em Brasília (DF). “Essa é uma responsabilidade do Estado para manter seu equilíbrio fiscal, sua saúde até o momento. Nós passamos isso aos sindicatos dos servidores do Estado, aí eles vão levar às suas bases. Mas essa é a proposta que o Estado tem”, adiantou.