Motoristas que trabalham na Uber em Mato Grosso do Sul, devem protestar contra a venda de ações da plataforma na bolsa de valores de Nova York, no dia 8 de maio. Eles prometem desligar os aplicativos, acompanhando motoristas norte- americanos no protesto.
As afirmações sobre o ato são do presidente da Associação dos Parceiros de Aplicativos de Transporte de Passageiros e Motoristas Autônomos do MS (Applic-MS), Paulo Cesar Pinheiro, que disse ao JD1 Notícias, que a venda das ações será prejudicial aos motoristas da plataforma e que associados e simpatizantes devem aderir ao protesto. Ele justifica que os trabalhadores estão insatisfeitos e existem diversos problemas quanto à questão de segurança, nota de corte e taxas para motoristas.
“A Uber, não ouve os motoristas, ela não responde os e-mails, retira o trabalhador da plataforma do nada e cobra 30% dos ganhos. Com a venda das ações, as coisas podem piorar, porque a empresa vai ficar supervalorizada”, diz Pinheiro.
A entrada da Uber no mercado de ações foi anunciada em abril, em sites como da revista Auto Esporte da Globo. Com isso, o aplicativo pretende se tornar uma das maiores empresas do setor de tecnologia com capital aberto. O Brasil é o segundo melhor mercado para a empresa atualmente. O faturamento por aqui no ano passado atingiu US$ 959 milhões (R$ 3,7 bilhões), o que representa um aumento de 115% em relação a 2017. A Uber soma 22 milhões de usuários no Brasil e 600 mil motoristas trabalhando em mais de 100 cidades.
Conforme o Auto Esporte, caso a empresa atinja suas próprias expectativas com sua entrada no mercado, ela encostará na General Motors. Comparando com outras empresas de tecnologia, ela ficaria atrás apenas da chinesa Alibaba e do norte-americano Facebook. O aplicativo tem 91 milhões de usuários ativos (contando o serviço de transporte e de delivery de comida, o Uber Eats) e teve receita de US$ 11,3 bilhões ano passado, o equivalente a quase R$ 44 bilhões.
Em Campo Grande os usuários podem encontrar dificuldades em utilizar o aplicativo no dia 8 de maio, porém, nem todos os motoristas devem aderir ao protesto. Além disso, existem outras plataformas disponíveis na cidade.
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