Manifestantes contrários e favoráveis ao governo de Nicolas Maduro, voltaram a medir forças nas ruas de Caracas com demonstrações organizadas pelo presidente do país e por seu opositor Juan Guaidó, auto proclamado presidente interino do país. As manifestações ocorrem dois dia após o apagão que deixou 90% da Venezuela sem energia elétrica. Guaidó pediu à população para se mobilizar "com mais força do que nunca".
A mobilização ocorre menos de uma semana após o retorno de Guaidó à Venezuela, após sua visita a cinco países da região (Colômbia, Brasil, Paraguai, Argentina e Equador), em meio às ameaças da possível detenção de Chávez.
Por sua vez, os manifestantes pró-Maduro também realizam manifestações, convocadas na última terça-feira pelo governante durante um evento para comemorar o sexto aniversário da morte de Hugo Chávez.
Apagão
Enquanto isso, um gigantesco apagão paralisa desde quinta-feira (7) várias atividades essenciais em grande parte da Venezuela, um problema que o governo de Maduro atribuiu na sexta-feira (8) a uma sabotagem orquestrada pelos Estados Unidos. Já os antichavista atribuem o problema à corrupção e ineficiência na administração pública.
O suprimento normal de energia elétrica foi interrompido em 22 dos 23 estados da Venezuela, incluindo Caracas, e causou vários distúrbios para a maioria da população.
Na tarde de hoje, o serviço começou a ser restaurado em algumas áreas de Caracas e no estado de Miranda, mas grandes regiões do país permaneceram sem luz, apesar das promessas do governo de resolver o problema em poucas horas, informou a imprensa local.
O apagão, considerado por muitos como o maior da história do país, forçou a suspensão do trabalho e das atividades escolares, causando agitação na população, que também não tem água e está praticamente paralisada pela instabilidade das redes de telefonia e internet.
Os centros de saúde passam por uma situação crítica devido à escassez de geradores, enquanto vôos foram cancelados e centenas de pessoas ficaram presas no Aeroporto Internacional Simon Bolivar, em Caracas, e em outros terminais aéreos do país.
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