O tráfico de animais silvestres é considerado a terceira atividade criminosa mais rentável, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas. Porém, em Mato Grosso do Sul, o problema se resume especificamente ao papagaio.
Por esse motivo, o período de agosto a dezembro é preocupante com relação ao tráfico de animais silvestres no stado, pois é o período reprodutivo dos papagaios. Nesse período, a PMA mantém trabalhos preventivos nas propriedades rurais para prevenir a retirada dos animais e aliciamentos de funcionários de fazendas e assentados pelos traficantes, para a retirada dos filhotes.
No ano de 2018, foram apreendidos ao todo, 143 animais, aves em quase sua totalidade. Desses, 98,60% foram papagaios, com 141 animais apreendidos. A quantidade foi 72,5% inferior a 2017, quando foram apreendidos ao todo, 521 aves. Desses, 66,22% eram papagaios, 345 no total. A quantidade de filhotes de papagaios apreendidos em 2018 foi 59,13% inferior a 2017.
Os valores de multas aplicados em 2018 foram de R$ 145 mil, número 50% inferior ao ano de 2017, quando foram aplicados R$ 290 mil em multas.
A região com omaior foco do problema, que é monitorada, são os municípios de Jateí, Batayporã, Bataguassu, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul, Anaurilândia, Santa Rita do Pardo, Nova Andradina e Brasilândia, além de Naviraí e Mundo Novo.
Nessa região, ninhos também são monitorados pelos policiais, para evitar a retirada dos filhotes, visto que essa é a preocupação maior. A base do trabalho é evitar a retirada dos animais, evitando custos à fauna e ao estado, tendo em vista os altos custos financeiros, até a reintrodução dos filhotes na natureza.
O destino dos filhotes de papagaio traficados é o estado de São Paulo. Sabe-se que, de lá, as aves são enviadas para outros locais, porém, essa informação ainda não é confirmada, pois a PMA não trabalha com investigação. Pela região de saída, verifica-se que os municípios onde o tráfico ocorre são os que ficam próximos a saída para esse estado. Algumas vezes, a Polícia Militar Rodoviária de São Paulo também efetua apreensões de papagaios retirados de MS.
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