O livro “O Poder da Autorresponsabilidade” está sendo trabalhado com as reeducandas do Estabelecimento Penal Feminino “Irmão Irma Zorzi” (EPFIIZ), em Campo Grande, para que elas possam conhecer a fundo ferramentas importantes da Inteligência Emocional.
O projeto é ministrado pela servidora Karine Godoy, que também é coach e está se especializando em neurociência. Conforme Karine, o processo de trabalhar a autorresponsabilidade é um pouco doloroso, as pessoas têm uma certa resistência.
“Na maioria das vezes, buscamos culpados para as situações que vivenciamos, mas acredito que vamos conseguir trabalhar esse tema e trazer um benefício para essas mulheres, principalmente, o entendimento de que elas podem mudar a história de vida delas”, informou a coach.
Por meio de exercícios práticos, as participantes buscam identificar onde cada uma está jogando a responsabilidade do que está vivendo, seja no governo, nos pais ou em alguém da família. “O próximo passo é identificar onde querem chegar e ter a consciência do que é necessário fazer para melhorar de vida”, reforçou Karine.
A cada encontro semanal, estão sendo debatidos temas de três capítulos do livro e tirando dúvidas. Ao todo, 40 internas estão participando do projeto, divididas em duas turmas, e a proposta é fazer quatro reuniões por turma.
Para o desenvolvimento das atividades, a promotora Renata Ruth Goya Marinho fez a doação de exemplares do livro “O Poder da Autorresponsabilidade”.
De acordo com a chefe da Divisão de Assistência Educacional da Agepen, Rita de Cássia Argolo Fonseca, a ideia de desenvolver o trabalho de coaching com as internas surgiu de observações quanto ao desinteresse destas em participar de atividades importantes para o processo de reinserção social.
“Percebemos a necessidade de proporcionar algo que promovesse fortalecimento emocional e direcionasse as mesmas para resgate da identidade e mudança de comportamento, evidenciando o planejamento para novas perspectivas de futuro. Acreditamos que a proposta frutificou, pois estamos felizes com o crescente número de participação nos grupos”, afirmou Rita.
A iniciativa é desenvolvida pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), por meio da Diretoria de Assistência Penitenciária e de sua Divisão de Educação, com apoio da 52ª Promotoria de Justiça.
Reportar Erro