Um estudo do Instituto Nacional para Doenças Infecciosas Lazzaro Spallanzani (Inmi), com sede em Roma, na Itália, indicou que o vírus da dengue também pode ser transmitido por via sexual.
A pesquisa da entidade, divulgada na publicação médica europeia "Eurosurveillance", detectou a presença do vírus no líquido seminal de um italiano de 50 anos curado da doença após uma viagem à Tailândia. Os testes foram efetuados no laboratório de virologia do instituto, mediante técnicas de biologia molecular, em janeiro de 2018, nove dias após o diagnóstico de dengue no paciente.
O estudo revelou que o vírus permanece em replicação ativa no líquido seminal até 37 dias depois do surgimento dos primeiros sintomas. A dengue é transmitida geralmente pelos mosquitos do gênero Aedes e, até então, não havia sido comprovada a hipótese de contaminação via sexual, ao contrário do vírus zika.
"O Inmi está empenhado em estudar patologias e vírus emergentes, como chikungunya, dengue e zika. Nos esforçamos para compreender por quanto tempo os pacientes permanecem positivos ao vírus após sua recuperação", explicou o diretor científico do instituto, Giuseppe Ippolito.
Até o início de abril, o Brasil havia registrado 81.141 casos prováveis de dengue, sendo 31.071 no Centro-Oeste, 27.087 no Sudeste; 13.821 no Nordeste, 6.909 no Norte e 2.253 no Sul. Os dados são do último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.
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