O advogado de defesa do empresário Jamil Name e Jamil Name Filho, André Borges, disse que a operação deflagrada na manhã desta sexta-feira (27), contra seus clientes, é ilegal. Em conversa com jornalistas em frente a residência onde as equipes fazem buscas, Borges destacou que, antes de entrar na casa de alguém, é preciso apresentar as razões.
“Quando alguém entra na sua residência para cumprir uma busca e apreensão, ou para te levar preso, é preciso saber as razões que levaram o magistrado a tomar uma decisão tão drástica. Inacreditávelmente até as 10h, nem Jamil, nem seus advogados sabem quais as razões”, afirmou o advogado André Borges.
Em razão disso, a defesa apresentou ao juiz da 7ª Vara Criminal de Campo Grande, Marcelo Ivo, que proferiu a decisão, um requerimento pedindo acesso ao processo. “É direito de qualquer pessoa que está em uma situação como essa ser informado dos motivos que levaram as autoridades a estarem vasculhando sua residência”, disse André Borges.
Segundo o advogado, apesar de não haver nenhum mandado de prisão apresentado até o momento, ele já foi informado de que não pode se retirar do local. “Estamos em um país que temos garantido na Constituição, o direito de ir e vir. A não ser que tenha um mandado de prisão e as razões”, disparou.
Ao serem informados que seus clientes seriam presos preventivamente, os advogados pediram a equipe do Gaeco a cópia da decisão e foram informados que não poderiam fornecer, pois outros mandados estavam sendo cumpridos na cidade, e a equipe não pode dar a cópia da decisão para a defesa.
As equipes do Gaeco, Polícia Civil, Garras e Choque estão neste momento na residência de Jamil. A operação Omertá cumpre 13 mandados de prisão preventiva, 10 de prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, todos em Campo Grande.
O JD1 acompanha a movimentação no local.
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