Diagnóstico sobre a situação do idoso de Campo Grande levantado pelo Corecon-MS (Conselho Regional de Economia) revela, que o cuidado necessário com um idoso seria de R$ 4,9 mil por mês se for colocar na ponta do lápis o custo de higiene, alimentação, atendimentos médicos e lazer. Eles foram apresentados durante a audiência pública realizada pela presidente da Comissão Permanente de Assistência Social e do Idoso, a vereadora Enfermeira Cida Amaral (Podemos), na Câmara Municipal.
Levantamento feito pelo conselho, hoje, são 98 mil idosos (quase 10% da população de Campo Grande) e apenas 17 locais de acolhimentos. Além da cidade não ter número de leitos suficientes par atender à demanda, muitas entidades não trabalham com a capacidade máxima por não ter recursos. Um exemplo apresentado na audiência é o Asilo São João Bosco que pode receber 140 idosos, mas trabalha com a média 85 idosos. Muito disso se deve a tabela de custo de um idoso pela Prefeitura que é de R$ 1,4 mil por mês, classificada como “defasada” pelas entidades.
“O propósito deste trabalho é elaborar informações locais, através do comprometimento social do conselho. Os idosos estão crescendo, as instituições estão atendendo na sua capacidade máxima”, aponta o presidente do Corecon, Thales de Souza Campos. “Que este diagnóstico possa ser útil para promover políticas públicas para a melhoria do atendimento ao idoso em Campo Grande”, complementou.
"Um fato relevante mostrado neste diagnóstico é que nestas clinicas não há dentistas, geriatras e serviços essenciais", destaca a vereadora Enfermeira Cida. "Por estas e outras argumentações levantadas nesta audiência é que queremos criar a Frente Parlamentear dos Direitos da Pessoa Idosa, para que possamos mostrar a real situação dos idosos de Campo Grande”, defende a vereadora.