A mãe Giovana Araújo, que expressou sua indignação com a EMEI Neida Gordin Freire, pelo Facebook, após seu filho ter tido a orelha cortada dentro da instituição na terça-feira (5), conversou com o JD1 Notícias, onde explicou que seu filho de três anos teve muito sangramento e a parte ferida foi quase totalmente decepada.
De acordo com Giovana, quando foi contactada pela Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI), a informação inicial era de que o filho tinha sido mordido por um coleguinha da sala. “Eu nem me preocupei porque isso é normal acontecer entre crianças, mas me espantei quando vi meu filho todo cheio de sangue”, esclarece.
“Quando cheguei na creche meu filho não falava, traumatizado, e com sangue escorrendo da orelha” afirmou Giovana.
Segundo a mãe a diretora do local ainda teria levado a criança juntamente com a mãe para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Moreninha II, onde o filho passou algum tempo aguardando enquanto sentia dor.
Na sala da médica que atendeu o menino, a mãe explicou que a criança teria sido mordida. “Mas nessa hora meu filho falou que na verdade o colega tinha cortado a orelha dele com uma tesoura, o que foi confirmado pela profissional que o atendeu, que afirmou não ter marcas de mordidas na orelha, e sim de cortes”, alegou a mãe.
A diretora teria ficado surpresa com a a informação e de acordo com Giovana, negou que a instituição tenha culpa no ocorrido.
“A orelha do meu filho descolou, fiquei olhando meu filho com aquele curativo chorando de dor esperando uma vaga para Santa Casa agora meu filho está aqui em casa sofrendo com os pontos na orelha e pode precisar de uma cirurgia”
As professoras da creche teriam dito que as crianças não estavam na sala na hora do ocorrido, eles teriam saído para brincar no pátio. “Em reunião elas contaram que as duas crianças saíram pra fora da sala na hora e elas não perceberam, e tem mais quando eu estava levando meu filho para Santa casa passei em frente a creche e elas estavam colocando uma decoração com tnt/papéis tudo coisas cortadas para decorar e ontem quando minha mãe foi comparecer a reunião elas haviam retirado tudo, isso é um absurdo quanta irresponsabilidade não é obrigação das professoras cuidar e zelar das crianças?” falou Giovana indignada.
Giovana conta ainda que tanto ela quanto o órgão de educação tentaram entrar em contato com a mãe da outra criança, mas ela não atende ou se pronunciou sobre o caso. Ela registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), no bairro Amambai.
Em contato com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), o órgão informou que está apurando o caso ocorrido na EMEI Neida Gordin Freire e já afastou a professora da sala e as duas assistentes. Todas irão responder sindicância.
“A professora da sala e uma das assistentes são efetivas. A segunda assistente ingressou na Reme via processo seletivo, porém também irá responder sindicância.”
A partir da tarde desta quinta-feira (7), um técnico da Superintendência de Gestão e Normas da Reme ficará na unidade para prestar assistência aos demais profissionais da EMEI e auxiliar na apuração dos fatos.
A Semed já está providenciando o remanejamento de uma professora e outras assistentes para assumirem a sala de aula onde o fato ocorreu.
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