Nesta segunda-feira (29), técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos, entre outros profissionais que atuam na Rede Municipal de Saúde, participaram de um treinamento oferecido pelo Corpo de Bombeiros Militar para atendimento a ocorrências com múltiplas vítimas. A aula, ministrada pelo subtenente Ênio Mendes Conturbia, aconteceu no auditório da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Coronel Antonino.
A finalidade do curso é ambientizar e ofertar aos profissionais da área da saúde as metodologias de atendimento pré-hospitalar em casos de grandes acidentes ou mesmo medianos, contudo envolvendo muitas pessoas como um acidente com ônibus, ou um desabamento, por exemplo.
Os profissionais receberam orientações sobre o processo de triagem que, nestes cenários, tem como objetivo racionalizar e organizar a atuação das equipes de socorristas por meio do estabelecimento de prioridades, tanto de atendimento quanto de transporte a uma unidade hospitalar para tratamento definitivo.
O coordenador do serviço de Urgência Emergência da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Yama Albuquerque Higa, falou da importância de ofertar aos profissionais orientações sobre como agir em casos de grandes acidentes, uma vez que é preciso que todos estejam preparados a fim de otimizar o trabalho e minimizar os danos.
“É extremamente necessário que a gente trabalhe com todos os cenários. Em casos de um tragédia de grandes proporções é necessário que nosso profissionais estejam conscientes dos métodos e estratégias a serem utilizadas para garantir o melhor atendimento à vítima”, ponderou.
O método de triagem mais utilizado em em casos de multipas vítimas é Simple Triage And Rapid Treatment (START), que, traduzindo para o português, significa Triagem Simples e Tratamento Rápido.
O START foi criado em 1983 na Califórnia (EUA) pelas equipes do Hoag Hospital e Newport Beach Fire Department, com o objetivo de atribuir prioridades de atendimento à vítimas de AMUVI’s de forma fácil e rápida, sendo possível triar cada uma em até 60 segundos.
Após a avaliação de cada vítima, são atribuídas as mesmas cores que identificam a prioridade de atendimento e evacuação (transporte) para a unidade hospitalar. São elas: vermelho, amarelo, verde e preto.
As vítimas classificadas com a cor vermelha são aquelas que apresentam ferimentos graves, porém que tem bom prognóstico de sobrevida como, por exemplo, uma hemorragia grave.
As pessoas classificadas com a cor amarela são aquelas que apresentam ferimentos moderados como, por exemplo, fraturas de membros. São representadas pela cor verde as que possuem ferimentos leves como, por exemplo, escoriações e contusões e que podem ser atendidas a nível ambulatorial.
Já as vítimas classificadas com a cor preta, são definidas como irrecuperáveis, ou seja, aquelas que apresentam ferimentos incompatíveis com a vida (decapitação por exemplo) e as em Parada Cardiorrespiratória, casos em que mesmo com todos os esforços da equipe o prognóstico permanece sombrio e a chance de sobrevida remota.
Reportar Erro