Menu
Menu
Busca quinta, 13 de março de 2025
Geral

Chancelaria iraniana confirma suspensão do apedrejamento de Sakineh

08 setembro 2010 - 15h19
O Ministério de Relações Exteriores do Irã confirmou nesta quarta-feira que a sentença de morte por apedrejamento contra Sakineh Mohammadi Ashtiani, acusada de adultério, foi suspensa. "O veredicto sobre o caso extramarital foi suspenso e está sendo revisto", disse Ramin Mehmanparast, porta-voz da chancelaria, à TV estatal Press TV. A embaixada iraniana em Londres, no Reino Unido, já havia anunciado meses atrás a suspensão da condenação por apedrejamento diante das duras críticas de diversos países pela crueldade da punição. O caso, contudo, continuou em julgamento. Na véspera, o governo iraniano havia afirmado que países estrangeiros não devem interferir no sistema legal do país e deveriam parar de tentar converter o caso em "problema de direitos humanos". O filho da iraniana disse nesta semana temer que a sentença fosse executada depois do fim do Ramadã, o mês sagrado de jejum dos muçulmanos que acabará em 10 de setembro. Em conversa telefônica com o escritor francês Bernard Henri Levy, Sajjad Mohammadi Ashtiani, 22, lembrou que a lei islâmica permite que as execuções sejam retomadas após o mês sagrado. Ele disse ainda estar sem notícias da mãe desde a suposta confissão exibida pela televisão iraniana em 11 de agosto. "As visitas semanais estão proibidas", afirmou o filho mais velho de Sakineh. Na semana passada, Sajjad pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujo pedido de asilo foi rejeitado, que continue insistindo ante o governo do Irã para salvar sua mãe. Ele contou que sua mãe foi chamada à presença de um juiz, que a condenou a 99 chibatadas. "Isso por uma falsa acusação de difundir a indecência em razão de uma foto que se presumia era dela sem o hijab [um dos tipos de véus utilizados pelas mulheres iranianas]", afirmou o filho de Sakineh ao jornal britânico "Observer". CASO SAKINEH Mãe de dois filhos, Sakineh foi condenada em maio de 2006 a receber 99 chibatadas por ter um "relacionamento ilícito" com um homem acusado de assassinar o marido dela. Sua defesa diz que Sakineh era agredida pelo marido e não vivia como uma mulher casada havia dois anos, quando houve o homicídio. esmo assim, ela foi, paralelamente à primeira ação, julgada e condenada por adultério. Ela chegou a recorrer da sentença, mas um conselho de juízes a ratificou, ainda que em votação apertada --3 votos a 2. Diplomatas iranianos afirmam que foi encerrado o processo de adultério e que a mulher é acusada "apenas" pelo assassinato do marido. Os juízes favoráveis à condenação de Sakineh à morte por apedrejamento votaram com base em uma polêmica figura do sistema jurídico do Irã chamada de "conhecimento do juiz", que dispensa a avaliação de provas e testemunhas. Assassinato, estupro, adultério, assalto à mão armada, apostasia e tráfico de drogas são crimes passíveis de pena de morte pela lei sharia do Irã, em vigor desde a revolução islâmica de 1979. O apedrejamento foi amplamente utilizado nos anos após a revolução, mas a sentença acabou em desuso com o passar dos anos. Sob as leis islâmicas, a mulher é enterrada até a altura do peito e recebe pedradas até a morte. Fonte: Folha Online

Reportar Erro
Gov Transversal - Mar25

Deixe seu Comentário

Leia Também

Eclipse lunar do domingo será um total, que resultará na Lua de Sangue
Geral
Lua de Sangue será visível na Capital, mas com algumas nuvens no caminho
Reprodução
Geral
Indústria brasileira aponta preocupação com taxação dos E.U.A sobre o aço e o alumínio
Mega-Sena sorteia prêmio milionário
Geral
Mega-Sena pode pagar prêmio de R$ 3,5 milhões nesta quinta-feira
Professor da UFMS é afastado após ser condenado por crime sexual
Justiça
Professor da UFMS é afastado após ser condenado por crime sexual
Reunião estratégica com autoridades - Foto: Divulgação/MPMS
Justiça
MPMS cria força-tarefa para reforçar ações contra a violência doméstica
Sede do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul - TCE/MS
Interior
TCE-MS suspende licitação de R$ 1 milhão em Porto Murtinho
JD1TV: Deputado pede revisão de decisão que libertou agressor de jornalista na Capital
Geral
JD1TV: Deputado pede revisão de decisão que libertou agressor de jornalista na Capital
Moradores reclamam de vazamento em ramal de água em condomínio no Centro Oeste
Geral
Moradores reclamam de vazamento em ramal de água em condomínio no Centro Oeste
Câmara Municipal de Sonora -
Interior
MP apura falha na atualização da transparência da Câmara de Sonora
Foto: Ilustrativa -
Internacional
CNI expressa discordância com a taxação de 25% dos EUA sobre aço e alumínio

Mais Lidas

Crime foi gravado por câmeras
Justiça
Execução no Caiobá é encerrada sem apontar culpado
AGORA: Diabolin, líder do tráfico no Dom Antônio, é morto a tiros
Polícia
AGORA: Diabolin, líder do tráfico no Dom Antônio, é morto a tiros
Tempo pode mudar em MS
Clima
Frente fria chega com avisos de chuvas fortes pelo País; MS será atingido
Lucas foi morto com vários disparos na conveniência -
Polícia
Investigação sobre assassinato na Guaicurus é arquivada