A perícia nos celulares do segundo sargento Ricardo Figueiredo, lotado na governadoria, e aparentemente envolvido na "máfia" que contrabandeava cigarros do Paraguai, se tornou um ponto importante na sequencia da investigação que estourou essa semana, com prisões e mandados de busca e apreensão.
Fonte que participa das investigações, afirmou ao JD1 que já na segunda-feira, será iniciada a perícia, utilizando se o equipamento disponível no Gaeco. Segundo essa voz, são boas as possibilidades de que o HD interno dos aparelhos, não tenha tido sua memória totalmente danificada, e que a partir disso, seja possível rastrear se ligações e mensagens de texto.
Preso em casa, o sargento Ricardo, tentou destruir os aparelhos, o que aumentou ainda mais a curiosidade sobre eles.
Não existem ainda, provas do envolvimento de autoridades estaduais ou federais, ou se a "quadrilha" investigada é apenas a ponta de um esquema muito maior, ao contrario do que sinalizavam boatos que correram no meio jurídico da capital na ultima quinta-feira, sobre ambas as possibilidades.
"Tudo esta sendo rastreado, é prematuro e imprudente especular, sem termos mais materialidade", afirmou um dos investigadores.
Se a perícia encontrar dificuldades em retirar dados em informações dos telefones celulares apreendidos, poderá ser utilizado um convênio firmado pelo MP de MS, que permite a remessa dos aparelhos para os Estados Unidos, notadamente da marca Apple.
Fontes do Governo afirmaram que a exoneração do segundo sargento já está pronta e será publicada no diário official do estado de segund-feira (21).
Operação Oiketicus
Na quarta-feira (16) foram realizadas, pelo GAECO – Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, prisões referentes à Operação Oiketicus. Ao todo foram cumpridos 20 mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e 45 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da Auditoria Militar.
Os mandados tiveram como alvo as residências e locais de trabalhos dos investigados, todos militares, distribuídos nos municípios de Campo Grande, Dourados, Jardim, Bela Vista, Bonito, Naviraí, Maracaju, Três Lagoas, Brasilândia, Mundo Novo, Nova Andradina, Boqueirão, Japorã, Guia Lopes, Ponta Porã e Corumbá.
As investigações do GAECO buscam desmembrar a organização criminosa composta por policiais militares que atuam na facilitação do contrabando de cigarros.
Dentre os policiais militares presos, estão praças e oficiais. Após a realização dos procedimentos de praxe e eventuais lavraturas de autos de prisão em flagrante pela Corregedoria da Polícia Militar, foram encaminhados ao presídio militar de Campo Grande.
* matéria atualizada, para acréscimo de informações, às 18:06.
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