De acordo com dados divulgados esta semana pela Gerência Técnica de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) os casos notificados de dengue em Campo Grande tiveram redução pelo segundo mês consecutivo. No entanto os números de casos de Zika e Chikungunya tiveram aumento, o que reforça a preocupação e necessidade do combate ao mosquito Aedes aegypti – transmissor destas doenças.
Conforme o boletim epidemiológico nos dois primeiros meses de 2018 (janeiro e fevereiro) foram notificados 570 casos de dengue. No mesmo período do ano passado foram registrados 690 casos, o que representa uma redução de aproximadamente 18%.
Já os casos notificados de Zika e Chikungunya passaram de 25 para 39 e de 23 para 36, respectivamente. Apesar de ainda não serem considerados números alarmantes, as estatísticas comprovam a importância de intensificar as ações e cuidados no combate ao mosquito transmissor destas doenças.
O último Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LiRaa), divulgado no mês passado, revelou que ao menos cinco bairros da Capital estão em situação crítica de infestação, com índices que superam 7%, quando o ideal é no máximo 1%.
A região de atuação da Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) Cidade Morena é considerada líder no Índice de Infestação Predial (IIP): 11,7% dos imóveis são focos do inseto, considerado nível de Risco. Por conta disso, a região foi escolhida para receber a segunda edição do projeto “Cidade Limpa”, que acontece até sexta-feira (9).
O objetivo é recolher resíduos de grande volume. São dois Eco Pontos nestes bairros para que a população possa levar matéria que possam acumular água e ser foco de transmissão do mosquito. São aceitos sofás, geladeiras, televisores, carcaças de computadores, fogões, carrinhos de mão, pias de cozinha, banheiras de plástico, móveis, armários de aço e máquinas/tanquinhos de lavar roupas. Não serão aceitos entulhos de construção, podas de árvores e pneus.
Responsável pela Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), Eliasze Guimarães, explica que a participação da população na guerra contra o mosquito é fundamental. “Se cada um fizer a sua parte vencermos a batalha contra o Aedes e evitando que não só a dengue, mas como as demais doenças transmitidas pelo mosquito evoluam a um nível de epidemia”, disse ele.
Eliasze ainda explicou “as ações de visitas domiciliares pelos agentes comunitários de saúde, de combate de endemias e de saúde pública vão continuar orientando a população para manter os quintais e as residências livres de focos do Aedes, enquanto que o bloqueio com o Fumacê permanece como forma de minimizar possíveis surtos das doenças em determinados bairros com casos notificados”.