Caso raro: bebê nasce com cauda de quase 6 centímetros; Entenda

A cauda da bebê tinha aproximadamente 6 cm quando foi retirada (Foto: Reprodução/Jour of Pedriatric Surgery)

Uma bebê que nasceu na região rural do México, surpreendeu os médicos ao apresentar um quadro raro de saúde. A recém-nascida, que não teve o nome revelado, nasceu com uma cauda na região próxima ao glúteo. A estrutura tinha aproximadamente 6 centímetros de comprimento. O caso foi reportado pelo Journal of Pediatric Surgery e, apesar de também não identificar o nome dos pais, a publicação afirma que a bebê nasceu saudável.

A recém-nascida não apresentou nenhum problema desde o controle pré-natal e também não tem histórico de radiação ou exposição à infecções durante a gestação. "Ela era filha de pais hispânicos não consanguíneos e saudáveis, com quase vinte anos. Ela tinha um irmão mais velho e saudável", escreveu o jornal.

A criança nasceu por cesariana, com uma estrutura em forma de cauda logo acima da fenda interglútea. A estrutura tinha 5,7 centímetros, e era "macia, coberta de pele e pelos finos". Além disso, "podia ser movida passivamente sem dor, mas não apresentava movimento espontâneo".

Após uma série de exames mostrarem que a bebê estava saudável, os médicos decidiram retirar a cauda quando ela completou 2 meses de idade. A estrutura havia aumentado 0,8 centímetros nesse período. Após a cirurgia, a criança recebeu alta, sem nenhuma complicação depois.

Cauda em bebês

De acordo com o artigo, a cauda humana é uma protuberância dorsal na região lombar, que geralmente é diagnosticada após o nascimento. Apesar de alguns casos terem ficado conhecidos, inclusive com origem no Brasil, a presença de caudas em humanos é bastante rara.

Um estudo recente, publicado em 2020, que coletou relatos de casos em inglês, francês, japonês, italiano e alemão, foram contabilizados apenas 195 casos de caudas humanas identificadas até 2017.

A literatura médica aponta que essa anomalia congênita tem sido descrita com maior frequência no sexo masculino. Apesar de o caso recente relatar que a cauda da bebê mexicana tinha cerca de 6 centímetros, o comprimento da cauda pode chegar a 20 centímetros.

A retirada e reconstrução da estrutura costuma ser feita por um procedimento cirúrgico conhecido como plastia de Limberg, que além de acessível, é seguro e fácil quando não há anomalias relacionadas à cauda humana.

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