O caminhoneiro Glenio Wnias Araújo se surpreendeu ao se deparar com um tatu-canastra em uma estrada de Porangatu, no norte goiano. Ele parou e fez questão de filmar o animal da espécie que é considerada a maior do mundo.
Ele acredita que o tatu tenha aproximadamente 1,5 metro de comprimento.
A bióloga Luana Rodrigues Borboleta, que é médica veterinária da Prefeitura de Goiânia e professora de animais silvestres da Universidade Estadual de Goiás (UEG), destacou que o tatu-canastra, registrado por Glenio, é a maior espécie de tatus, com mais de um metro de comprimento e cerca de 20 quilos.
Entre as características da espécie estão as duas faixas no corpo, a cabeça mais clara e o dorso em tom mais escuro.
“Há pouco tempo estava na lista de animais ameaçados de extinção. Atualmente, é considerado vulnerável e uma das mais ameaçadas", explicou a bióloga.
Uma das razões para o risco de extinção, segundo Luana, é a caça pelo consumo da carne e a destruição do habitat natural.
A bióloga alertou para o risco de consumo da carne de tatu por ele ser fonte de infecção da bactéria que causa a lepra. Segundo ela, já tiveram casos no Brasil de lepra associada ao consumo de carne desses tatus.
"A caça de animais silvestres é perigosa porque são animais que têm contato com diversos agentes e que colocam em risco a saúde das pessoas que estão consumindo", disse Luana.Glenio