"A comunidade busca a paz e quer sensibilizar todos contra a violência que se apresenta de várias formas na região", disse a coordenadora do CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) Rosa Adri e organizadora do evento, Cléa Larsen, na 7º caminhada pela paz, na rua Evelina Selingard no bairro Dom Antônio Barbosa, em Campo Grande.
A caminhada começou por volta das 8h30 de hoje (19) e reuniu aproximadamente 2 mil pessoas, entre moradores, crianças das escolas estaduais e municipais da redondeza, Ceinfs (Centros de Educação Infantil) e projetos do bairro.
A caminhada contou também com a presença do Presidente da Câmara, Paulo Siufi (PMDB), que disse estar feliz em participar de um evento como esse. "Queremos que todos tenham compromisso com a paz, e que cada um pare para refletir neste momento. A Paz é um direito de todos e dever do Estado", afirma o parlamentar.
A caminhada pela paz e comemoração ao aniversário de Campo Grande é realizada desde 2005. De acordo com a Diretora da Escola Municipal Professora Maria Lucia Passareli, Dalveliza Leite Ferreira, as crianças do projeto Bandas e Fanfarras vão para a rua mostrar para a comunidade o que aprendeu o ano todo.
"A nossa região é considerada a mais violenta. Por isso que nós trabalhamos o ano todo nesse sentido com as crianças. O objetivo é integrar esses alunos e contribuir com o rendimento escolar, para a melhora da disciplina e do comportamento de forma lúdica, explica a diretora.
A dona de casa Maria Luzinete dos Santos, 74 anos, mora a dez anos no bairro Dom Antônio. Ela conta que o lugar era mais violento antes. "Todo final de semana amanhecia um morto na esquina, morte aqui era toda a semana", lamenta. Segundo ela, hoje está mais tranquilo.
Dona Maria faz parte dos 40 alunos do Cecapro (Centro de Capacitação Profissional). Segundo a coordenadora do Centro, Edna Patinho, hoje com os projetos que tem na região a violência diminuiu muito.
Crianças conscientes – A maioria das crianças estava com faixas, balões, cartazes pedindo a paz não só na comunidade, mas no trânsito também.
A pequena Maria Eliza Alves Dourado de quatro anos estava com uma placa de Pare na mão. Ao ser questionada pela reportagem sobre o significado ela disse. "Está placa é parar o carro e a moto, porque o trânsito está muito violento", explica a pequena orgulhosa de participar da caminhada.
A jovem Carolina Romeiro de Abreus, de 17 anos, acompanhava com o filho pequeno no colo a caminhada. "Segundo ela, o bairro precisa de iniciativas como esta, finaliza.
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