Enquanto equipes passam por treinamento para atuar nos incêndios florestais na região do Pantanal em Mato Grosso do Sul o Corpo de Bombeiros mantém 11 bases avançadas em áreas remotas do bioma, instaladas desde o ano passado como parte do ‘plano estadual de manejo integrado do fogo’.
A base avançada da Serra do Amolar é uma das mais emblemáticas da Operação Pantanal, em funcionamento desde maio do ano passado, os militares mantiveram as atividades sem interrupção, para transformar a casa – onde funcionava a escola do local – em um ponto de apoio seguro, além de ter possibilidade de atuação rápida no trabalho de controle e extinção das chamas.
“Quando estabelecemos as bases avançadas, inicialmente pensou-se nas atividades de prevenção aos incêndios florestais, educação ambiental, e diminuir o tempo de resposta, trazendo a estrutura para mais próximo. Mas a riqueza da interação com essa comunidade local, ela é muito maior, ultrapassa qualquer estratégia desenhada para essa região. Acaba sendo muito maior do que qualquer atividade de resposta. Interagir com a comunidade faz toda a diferença”, afirma a tenente-coronel do CBM-MS, Tatiane Dias de Oliveira Inoue.
Moradora às margens do Rio Paraguai, a 1 km da divisa do com o Mato Grosso, na região da Serra do Amolar, a pantaneira Vicentina Íris de Souza, 68 anos, afirma se sentir segura com a presença dos bombeiros na comunidade.“Se a gente precisa de alguma coisa eles estão sempre prontos. Eu achei muito bom eles aqui. Eles socorrem a gente no que podem, a gente também socorre no que podemos”, disse a senhora enquanto a equipe que atua na base avançada colaborava com o corte de lenha.
Toda a estrutura das bases foi organizada para atender áreas específicas e delimitar o tempo de resposta, em situações de incêndios florestais, com agilidade.
“Nós temos uma identificação das chamas com bastante agilidade, especialmente com o uso do sensor remoto e por comunicação com os residentes, que informam a gente praticamente no surgimento do foco. A dificuldade de acesso às regiões do Pantanal, onde esses focos costumam acontecer, criou o cenário no qual a presença antecipada dos bombeiros permitiu sucesso no controle das chamas num raio aproximado de 25 km desse entorno. E além desse raio, a gente chega muito mais rápido nos locais de incêndio. Nós conseguimos mobilizar nossas equipes entre 3 e 4 horas, e antes demorava 7 a 8 horas de deslocamento”, explicou o subdiretor da DPA (Diretoria de Proteção Ambiental) do Corpo de Bombeiros, major Eduardo Teixeira.
Na Escola Municipal Rural de Educação Integral Polo São Lourenço e Extensões, que fica no Aterro do Binega, no Alto Pantanal, os alunos recebem orientações. O professor de matemática, Emílio Carlos Moraes, 62 anos, trabalha no Pantanal há três anos e relata a importância da presença dos bombeiros para a comunidade escolar na região.
“No ano passado tivemos orientações do Corpo de Bombeiros, sobre evacuação, mas não tínhamos experiência. Saímos do prédio da escola, devido a quantidade de fumaça, o fogo estava perto, ficou em volta. Ficamos fora por aproximadamente três dias. O que os bombeiros nos ensinam é importante, até porque a nossa capacitação é através dessa informação, precisamos aprender como lidar com essa situação”, disse o professor.
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