Morreu na manhã desta terça-feira (18) o artista plástico que foi responsável pela cenografia dos tanques do Bioparque Pantanal, Roberto Alves Gallo. O cenógrafo teve o rompimento de uma artéria do coração.
Nascido em Campinas, São Paulo, em 15 de maio de 1957, Roberto Gallo trabalhou com paisagismo e obras desde 1975. Ao longo de sua carreira, introduziu elementos artísticos no trabalho de paisagismo e vice-versa, o que é evidente nas suas esculturas de rochas artificiais, artes plásticas e jardins.
Foi a partir de 1996, em Ubatuba, que o artista passou a trabalhar na construção de cenografia para aquários marinhos e outros habitats, como lagos, cachoeiras, aquários de água doce, onde introduziu as esculturas de rocha artificial. Seu currículo conta com trabalhos realizados no Aquário Marinho do Rio de Janeiro (AQUA RIO), Oceanic Aquarium e Aquário de Ibatuba. Em 2018, realizou a cenografia do Caminho do Rosário, no Santuário Nacional de Aparecida.
Ele harmonizou a fauna e a flora das regiões representadas no maior aquário de água doce do mundo. Gallo buscou fazer com que as pessoas se sentissem parte do ambiente, para isso representava os detalhes com realismo, deixando cada recinto o mais próximo possível do natural. Utilizava elementos da própria natureza como folhas, galhos secos e pedras, mas também elementos artificiais como pedras feitas com cimento.
A diretora-geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri, lamentou a morte de Roberto Gallo e destacou sua contribuição e importância para o empreendimento.
“Ele fez parte de uma etapa crucial para o complexo, com muito amor e leveza conseguiu materializar a essência de cada paisagem. Os cenários por si só contam uma história e retratam a realidade de uma forma muito bonita. O Roberto era muito sensível e eu tive a honra e o prazer de poder trabalhar ao lado de um grande profissional”.
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