Aproximadamente 300 motoristas de aplicativo se reuniram na manhã desta quarta-feira (17), na avenida Faadel Tajher Iunes, na entrada do Parque dos Poderes, em manifestação contra as condições de trabalho oferecidas pelas empresas, 99 POP e Uber. Neste momento, os profissionais estão parados na Avenida Afonso Pena, onde ficarão por aproximadamente 5 minutos em protesto.
Campo Grande tem aproximadamente 9 mil motoristas que trabalham para a 99 e Uber, segundo informação do motoristas Alysson Montania, que aderiu à manifestação desta manhã. Segundo ele, o principal motivo da paralisação é “mostrar a força da categoria” às empresas que operam a aproximadamente 5 anos na cidade, e, até hoje, não ofereceram reajuste aos trabalhadores.
“Conforme as crescentes no Brasil, com aumento de gasolina, fica cada dia mais difícil se manter, tanto em questão de manutenção, quanto em questão de segurança e levar um retorno bom para as nossas casas”, disse. Alysson lembrou que já houvem diversas tentativas de contato com as plataformas, mas sem retorno. “Muito pelo contrário, depois disso eles criaram os aplicativos de promoções [99 Poupa e Uber Promo]”, acrescentou.
Alysson explicou que, hoje, a Uber cobra R$ 1,15 por quilômetro rodado, dos quais o motorista precisa tirar R$ 0,50 para a gasolina e R$ 0,50 para manutenção, restando apenas R$ 0,15 de lucro. “Se colocar no final, na ponta da caneta, acaba sendo inviável”, disparou ao mencionar que, nos aplicativos de promoções, os motoristas acabam pagando para trabalhar, pela cobrança por km ser de aproximadamente R$ 0,90.
“Com isso, mobilizamos a manifestação que acontece no Brasil todo, para mostrar a nossa força e mostrar às plataformas que sem os motoristas elas não rodam. Então, é uma manifestação pacifica, só estamos lutando pelos nossos direitos e tentando a valorização. Se continuar dessa forma, vai chegar um momento que vamos parar”, disse.
Segundo o motorista, antes de qualquer diálogo, os profissionais querem a exclusão da 99 Poupa e da Uber Promo. Outra reivindicação da categoria é sobre o valor da gasolina. Os profissionais pedem pelo menos 10% desconto no ICMS. “Se a gasolina abaixar teremos um retorno maior”, acrescentou. As reivindicações já foi entregue ao Governo do Estado e, de acordo com Alysson, o Procon-MS “se mostrou apto a procurar as empresas”.
Na manifestação desta manhã, os motoristas fizeram uma carreata que passou pelos principais Poderes do Estado: Assembleia Legislativa, Governadoria, Câmara Municipal e Prefeitura. O protesto foi pacifico.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Contando os dias? Campo Grande tem feriado em duas semanas e outros 11 no ano

Juiz decreta prisão e acusado de matar PM aposentado e neto nas Moreninhas se entrega

MPMS fiscaliza atuação da Controladoria de Sonora

Suzano oferece 20 vagas para jovens em curso de manutenção em Três Lagoas

Virgínia e Zé Felipe anunciam fim do casamento: 'Não julguem e não criem histórias'

Sem ganhadores, prêmio da Mega-Sena sobe para R$ 11 milhões

Justiça torna réu acusado de assassinar patrão com golpes de faca e tiro em Deodápolis

Operação da PF combate esquema de espionagem e homicídios ligados à venda de sentenças

Trabalhadores resgatados em Anastácio serão indenizados em R$ 240 mil por trabalho escravo
