Em menos de um ano, o Alemão Conveniências, localizado na avenida Calógeras, centro de Campo Grande, foi notificado duas vezes, por armazenamento impróprio e comercialização de produtos vencidos.
A primeira notificação deste ano foi em 18 de janeiro, quando a Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor de Mato Grosso do Sul (Procon-MS) recebeu quatro denúncias de irregularidades no estabelecimento. Com base nas informações, os fiscais foram até o Alemão e encontraram 29 produtos vencidos, três sem informações específicas e, ainda, 165 impróprios por não estarem sendo armazenados na temperatura ideal. Além da denúncia, uma consumidora usou as redes sociais para mostrar uma mosca que encontrou dentro de um queijo comprado no Alemão.
Passados onze meses, algumas coisas não mudaram por lá. Novamente com base em denúncias de consumidores, os fiscais estiveram, na última terça-feira (4), no estabelecimento e encontraram produtos, que deveriam estar a -18°C, sendo armazenados a 0°C. Procurado pelo JD1 Notícias, o gerente da loja, Alexandre Bernardo, afirmou que o equipamento já foi concertado quando ouve a primeira notificação. “O refrigerador já está meio antigo e a loja vem, a cada vez que passa por uma situação dessas, fazendo manutenção necessária”, disse ao reforçar que, desta vez o refrigerador será trocado.
Alexandre admitiu que sua equipe precisa “melhorar a comunicação entre si”. “Falta comunicação dos nossos encarregados de passarem pra gente a necessidade de cada setor”, disse. Alexandre ressalta ainda que os equipamentos “apresentam problemas do dia pra noite”.
O superintendente do Procon-MS, Marcelo Salomão, esclareceu ao JD1 que, por ser a segunda notificação, a situação do proprietário se agrava diante do órgão. “A possibilidade de multa, caso não sejam cumpridas as ordens, é de até R$ 50 mil”, disse. A notificação de janeiro ainda não foi julgada, o superintendente ressalta que durante esse período, a defesa apresentou contestações diante da postagem da cliente nas redes sociais, mostrando uma mosca no queijo comprado lá. “A defesa sustentou que é impossível uma mosca aparecer viva dentro do queijo após o processo de preparo e armazenamento e que, possivelmente, a mosca teria pousado no queijo logo após a abertura da embalagem”, informou Salomão. Desta vez, o superintendente deu prazo de 60 dias para a empresa se adequar, “Eles se comprometeram em trocar o freezer”, finalizou.
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