Os agentes Penitenciários realizarão nesta terça-feira (11), às 8h30 um manifesto em frente ao presídio de segurança Máxima de Campo Grande devido aos episódios de violência que os servidores vêm sofrendo constantemente no local de trabalho.
Um rápido levantamento apontou que somente no segundo semestre deste ano foram, constatadas sete agressões a servidores. Os casos aconteceram nas cidades de Corumbá, no mês de julho, em Três Lagoas, no mês de outubro e em Campo Grande.
Na Capital, os episódios de violência ocorreram no Presídio de Segurança Máxima, sendo dois no mês de agosto, um no mês de setembro e dois nos primeiros dias do mês de dezembro. O número de agressões a servidores penitenciários cresceu exponencialmente.
Com o intuito de evitar novos casos, os servidores se mobilizarão para exigir que a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) proporcione condições mínimas de trabalho e segurança.
Os servidores entendem que essa segurança só será alcançada, quando a Agepen disponibilizar equipamentos de proteção individual, coletes, escudos, caneleiras, capacetes, tonfas, spray de pimentas, bombas de efeito moral, taser, armas letais e não letais, munições, enfim, todos os meios necessários, para garantir e proporcionar segurança efetiva para todos.
O Sindicato ressalta que essa solicitação já foi feita em 2015, logo após a morte do agente Penitenciário Carlos Augusto Queiroz de Mendonça, que foi alvejado dentro de uma unidade prisional. Na época o governo se comprometeu em abrir licitações para que a demanda fosse atendida em médio e longo prazo.
Em uma nova tentativa de garantir a segurança aos trabalhadores, em setembro o Sinsap enviou ofício a Agepen solicitando os equipamentos, mas até o momento não obteve respostas.
O Sindicato ressalta ainda que defende o uso das armas letais o uso dentro das unidades, desde que haja protocolos de regulamentação para estabelecer parâmetros, horários, locais, ocasiões onde os servidores podem utilizar essas armas.
“O uso dar armas dentro das presídios é algo polêmico, mas o Sindicato acredita que é essencial para dar mais segurança ao trabalhador, mas que é necessário alguns protocolos padronizados. O que não podemos aceitar é a proposital letargia, daqueles que laboram, exclusivamente dentro da proteção aconchegante dos gabinetes, enquanto assistimos diariamente a agressões físicas aos servidores, que implementam as perigosas rotinas, nos diferentes setores de atendimento, corredores e pavilhões das nossas Unidades Penais. Quem trabalha dentro das nossas Unidades Penais, sabe que já passou da hora, da Agepen regulamentar o uso de armas dentro dos presídios”, destaca o presidente do Sinsap André Luiz Santiago.
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