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Adolescentes foram obrigados a fazer sexo com cadáver de Kauan, conclui polícia

Necrofilia foi constatada pela polícia após depoimento de mais três adolescentes

25 agosto 2017 - 10h42Gerciane Alves e Fernanda Palheta

O delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e a delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (DEAIJ), Aline Gonçalves Sinnott Lopes, apresentaram na manhã desta sexta-feira (25) conclusões a respeito do caso do Kauan Andrade Soares dos Santos, de 9 anos, desaparecido desde o dia 25 de junho.

De acordo com os delegados, quatro adolescentes presenciaram Devidi Almeida, 38, violentando Kauan até a morte e depois foram obrigados a fazer sexo com o cadáver do menino. Abalados, segundo a delegada Aline, os adolescentes, de 14, 15 e 16 anos, só aceitaram colaborar com a polícia e confessam o ato de necrofilia após certificarem-se da prisão de Devidi. “ Eles tinham medo dele”, diz.

Após matar Kauan, Devidi teria ainda esquartejado o corpo, colocado em um saco e obrigado os adolescentes a acompanhá-lo até às margens do rio Anhaduí, na Avenida Ernesto Geisel. Lá ele teria colocado o saco em cima de uma pedra e levado os adolescentes em casa. Porém, a polícia desconfia que ele teria voltado ao local, esquartejado mais uma vez o corpo e por fim jogado dentro do rio.

A polícia concluiu ainda que esta não teria sido a primeira vez que Kauan teria sido abusado, a ação estava ocorrendo desde o início do ano. Segundo os delegados a casa de Devidi era muito frequenatada por adolescentes por causa do dinheiro que ele oferecia para praticar os abusos. 

Relembre o caso

Na noite do dia 25 de junho, Deivid Almeida, principal suspeito do crime, teria atraído a criança para sua casa no Bairro Cophavilla ll. O estuprador contou com a ajuda de um adolescente de 14 anos que contou detalhes do crime à polícia.

Na madrugada do dia seguinte, o suspeito e o adolescente colocaram Kauan em um saco preto e jogaram o corpo do menino no Rio Anhanduí.

A polícia encontrou material de pedofilia na casa do suspeito que foi incendiada no útlimo domingo (23). E segundo informações, o suspeito já foi professor em Escolas Estaduais e Municipais e atraia as vítimas oferecendo dinheiro. Ele está sendo investigado por mais dois estupros a adolescentes.

O suspeito estava preso preventivamente na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF), mas nesta quinta-feira (27) foi encaminhado para  Instituto Penal de Campo Grande, no Jardim Noroeste e o adolescente foi encaminhado para uma Unidade Educacional de Internação.

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