O próximo domingo (10) será de muita festa no Parque das Nações Indígenas. É o MS ao Vivo, que traz com entrada gratuita shows como o docantor Rubel e atrações regionais como o Forró Ipê de Serra e o Technofighters. Os shows começam mais cedo desta vez, a partir das 15 horas, no Parque das Nações Indígenas, com entrada franca.
O MS ao Vivo é uma realização do Governo do Mato Grosso do Sul, Fundação de Cultura e Sesc MS, com apoio de 067 vinhos e Coco Bambu Campo Grande.
Technofighters
Abrindo os shows sobe ao palco Technofighters, formado pelos DJs André Garde e Renato Tuluxx. Das tantas qualidades que compõem um artista, o amor em dar vida à arte, é primordial em seu crescimento. Nesse contexto, André Garde, prova em 18 anos de carreira, que deixar sua alma entregue ao lado artístico, torna-te atemporal.
"Tuluxx” é nascido em Campo Grande. Foi residente do Club pelos 5 primeiros anos de vida dele. Era o mascote dos DJS residentes já que só tinha 16 anos quando ganhou a residência à convite do Renato Ratier. Com uma abordagem musical que transcende rótulos, o artista constrói fusões sonoras envolventes que vão do Deep ao Techno de forma elegante e quase imperceptíveis.
Forró Ipê de Serra
Forró Ipê de Serra foi criada em janeiro de 2023, em Campo Grande, e vem conquistando desde então a admiração de vários forrozeiros amantes do pé de serra. Composta pelos músicos Alli (voz e violão), Rafael Bahia (voz e percussão), Janison Barbosa (sanfona) e Juninho (zabumba), o quarteto vem se apresentando semanalmente em diversos bares da capital.
Tendo um repertório influenciado por nomes como Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Alceu Valença, Fala Mansa, entre outros compositores do forró e da MPB, o Ipê de Serra também pretende em breve gravar e incluir suas primeiras composições autorais já criadas.
Rubel fecha o MS ao Vivo com a nova MPB
Atração principal da noite, Rubel dá um passo em direção a um caminho mais brasileiro e mais popular em seu álbum "As Palavras Vol. 1 & 2", disco duplo, de 20 faixas, que é uma tentativa de registrar o sentimento de viver no Brasil durante os últimos anos.
Para isso, o cantor e compositor se apoiou no diálogo com diferentes vertentes da música brasileira e seus principais expoentes: Milton Nascimento, Gabriel do Borel, Liniker, Luedji Luna, BK, Bala Desejo, Tim Bernardes, Xande de Pilares, Mestrinho e MC Carol. O resultado é uma fusão ao mesmo tempo popular e experimental de Funk, Forró, Pagode, Samba, Hip Hop e MPB.
"As Palavras partiu de uma extensa pesquisa, que durou quatro anos, de imersão na literatura brasileira e da história do cancioneiro brasileiro”, conta Rubel. O resultado da pesquisa é uma ampliação dos temas e ritmos trabalhados por Rubel até então. As letras não abordam apenas suas vivências autobiográficas e pessoais: seus amores, desamores e descobertas.
Nessa nova jornada, o compositor tenta abordar a vivência de uma realidade brasileira a partir da história de outros personagens e de novos sentimentos (como em Torto Arado, inspirado no livro de Itamar Vieira, ou Na Mão do Palhaço, uma marcha satírica sobre um homem conservador de meia idade que encontra a redenção a partir do carnaval) buscando um balanço entre violência, paixão, ironia e afeto.
O disco propõe um diálogo entre a tradição e a modernidade. Um pé no passado e outro no futuro. As vinte faixas são divididas em dois lados. O lado 1 é calcado nos ritmos e estéticas contemporâneos, como o funk, a rasteirinha e o pagode moderno, resultando em dez músicas que flertam com uma faceta brasileira mais solar e otimista.
O lado 2, por outro lado, dialoga mais com o passado e a tradição, apresentando marchinhas, sambas, uma canção inspirada no Clube da Esquina (interpretada por Milton Nascimento) e duas releituras de Luiz Gonzaga.
O resultado do conjunto de músicas dessa segunda metade é mais melancólico e denso. Os lados se apresentam como metades complementares, uma solar e outra soturna, como dia e noite.
Depois de transitar pelo folk em seu primeiro trabalho (Pearl, 2013) e de se aventurar por uma mistura entre MPB e Hip Hop em seu segundo disco (Casas, 2018) - que contém parcerias com Emicida e Rincon Sapiência - Rubel lança um disco que transita o tempo todo por extremos.
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