A Justiça de São Paulo condenou o Corinthians a pagar R$ 33,4 milhões ao empresário Carlos Leite por dívidas relacionadas a comissões de contratações e renovações contratuais de jogadores.
A sentença foi proferida na última sexta-feira (04) pelo juiz Douglas Iecco Ravacci, da 33ª Vara Cível, e publicada nesta quarta-feira (09) no Diário de Justiça. O Corinthians ainda pode recorrer da decisão.
Além do valor principal, o clube deverá arcar com aproximadamente R$ 3,4 milhões em honorários advocatícios e juros sobre a quantia devida. A dívida inclui várias negociações intermediadas por Leite ao longo dos anos, como:
Renovações de Cássio em janeiro de 2018, 2019 e 2022;
Renovações de Fagner em janeiro de 2018 e 2019, e a intermediação de sua renovação em janeiro de 2022;
Contratação de Camacho em janeiro de 2018 e sua renovação em janeiro de 2020;
Contratação de Mateus Vital em janeiro de 2018 e sua renovação em janeiro de 2020;
Contratação de Jonathas em fevereiro de 2018;
Contratação de Matheus Matias em julho de 2018;
Contratação de Gil em julho de 2019 e seu novo contrato em janeiro de 2020;
Contratação de Renato Augusto em julho de 2021.
As pendências surgiram durante as gestões dos presidentes Andrés Sanchez e Duílio Monteiro Alves. Em 2023, o clube tentou repactuar a dívida, mas o acordo foi descumprido pelo novo presidente, Augusto Melo, ao assumir em janeiro deste ano. Como resultado, Carlos Leite entrou com uma ação judicial no final de janeiro.
Além dessa ação, o empresário move outros dois processos contra o clube, somando um total de mais de R$ 62,5 milhões. Em um dos casos, a Justiça já determinou a penhora de mais de R$ 29 milhões das contas do Corinthians.
O clube adota a prática de não comentar processos judiciais em andamento, mas se decidir se manifestar, a reportagem será atualizada.
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