Um grupo de 11 detentos do Centro de Triagem Anísio Lima, recebeu o certificado de conclusão do curso de auxiliar administrativo, em Campo Grande.
Além da remição da pena por causa do estudo, a capacitação promovida por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) representa reabilitação social e econômica para o preso, quando ganhar a liberdade.
Foram 240 horas/aula com abordagem desde a parte de escrituração da empresa, recursos humanos a noções de empreendedorismo.
O interno Heitor Bruno Bueno de Oliveira, 27 nos, foi um dos qualificados e afirmou que foi uma experiência “contemplante”. Há sete anos cumprindo pena na unidade, ele ressaltou que as oportunidades de ocupação dentro do presídio o fizeram “mudar o modo de pensar e de ser”.
Heitor conta que “aprendi como agir dentro de uma empresa, foi um curso completo que poderemos exercer este trabalho. Pode ser uma profissão, um caminho para eu adentrar em uma empresa futuramente, a educação é tudo, é fundamental, através dela podemos abrir várias portas”, finalizou.
Os alunos capacitados no curso saem preparados para ocupar uma vaga no mercado profissional, podendo obter uma renda média de R$ 1,8 mil.
Segundo a chefe da Divisão de Assistência Educacional da Agepen, Rita de Cássia de Souza Argolo Fonseca, ao todo, cerca de 430 internos participam das capacitações em 23 presídios, distribuídos em 17 municípios, envolvendo também áreas como barbeiro, garçom, manicure e pedicure, padeiro, pedreiro de alvenaria e recepcionista.
Os cursos são executados por seis centros estaduais de educação e 11 coordenadorias regionais. Participaram da solenidade de encerramento a supervisora de cursos do Pronatec da SED, Thais Raquel da Silva Eberhardt, e a diretora-adjunta do Centro Educacional, Ada Maria Souza de Oliveira, entre outros.