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Rota Bioceânica: Simone Tebet diz que próximos desafios serão alfandegários

A ministra se reuniu com empresários na Fiems para discutir a implantação das Rotas de Integração

20 setembro 2024 - 13h51Sarah Chaves    atualizado em 20/09/2024 às 15h25

A Ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet , juntamente com o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen e o Secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck participam nesta sexta-feira (20), de reunião com empresários para tratar sobre as Rotas de Integração da América do Sul e Rota Bioceânica.

À imprensa, a ministra anunciou que começaram hoje as obras da alça que dará acesso à ponte binacional. A expectativa é que os projetos estejam prontos até 2027. “São cerca de R$ 470 milhões investidos. É importante lembrar que é uma alça, que ela é suspensa, tanto no início quanto no final da ponte, então ela tem uma complexidade. A ordem de serviço a gente deu em dezembro na perspectiva de começar em março, mas aí teve todo um trabalho com muito critério de análise de engenharia da obra e ver se estava tudo certo. Levou um pouco mais do que 4 meses do previsto. O importante é que hoje iniciou”, anunciou.

Segundo a ministra, o comércio regional do Brasil não chega a 20%, o que só traz desvantagens para o país, o que deve ser sanado com a implantação das Rotas de Integração. “A vida inteira, o Brasil ficou de costas para a América do Sul, e a América do Sul de costas para o Brasil. Nós estamos perdendo dinheiro, nós estamos perdendo emprego, nós estamos perdendo renda, nós estamos perdendo crescimento. O comércio regional da América do Norte é 40%, só depois eles compram do mundo. O comércio regional da Europa é na ordem de mais de 65%, e só depois eles olham para o mundo. E assim vai, mesmo a China e a Ásia, eles compram entre eles. A média da América não chega a 20%, fica na ordem de 16%”, lamentou.

Segundo a ministra, serão 24 meses para resolver as questões alfandegárias, que serão o próximo desafio. "O impacto positivo é de uma dimensão ainda incalculável. É importante lembrar que nós temos outros países envolvidos e regras do Mercosul, por exemplo, que envolvem esses países. E tudo isso está sendo colocado na mesa", concluiu.

Simone Tebet também adiantou que no dia 12 de novembro irá se reunir com a Ministra dos Transportes do Paraguai.

Sérgio Longen destacou as vantagens competitivas que serão criadas com a obra. “Todos sabemos que temos um custo no Brasil muito elevado e esse custo muitas vezes, proíbe a competitividade com o mercado internacional. Nesta oportunidade de exportação, nós também teremos a dificuldade com a importação com a indústria local. Então, é uma preocupação que a gente está discutindo com o Governo Federal, com o Governo Estadual também. Não é protecionismo para a indústria nacional. Muito pelo contrário, é avaliarmos oportunidades com essa exploração. E é isso que a gente tem e está tentando buscar”.

O secretário Jaime Verruck detalhou um pouco dos próximos passos que serão dados na construção da Rota. “Nós estamos focando muito na questão da infraestrutura inicialmente. Sem a infraestrutura, nós não conseguimos discutir a Rota Bioceânica e já iniciamos as obras agora da Alça, o Paraguai já iniciou as obras dos 220 quilômetros restantes, nós temos ainda uma discussão com a Argentina, nós temos que construir uma ponte entre o Paraguai e a Argentina".

“Os portos do Chile precisam passar por adaptação também, então o próprio governo de Tarapacá já abriu uma licitação para ampliar a estrutura portuária”, completou.

Jaime também destaca, assim como Simone Tebet, que nos próximos anos, o maior desafio será alfandegário “O que nós temos hoje disponível sob o ponto de vista de regulamentação retira toda a competitividade dos 14 dias que ganhamos de navio, os 29% que nós temos de redução de custo portuário. Tudo isso pode ser eliminado se a gente não tiver uma estrutura de alfândega adequada. Agora, isso tem a negociação de país por país. Nós não vamos ter uma solução ampla de falar, olha, a regulamentação é essa. É uma negociação de país por país, no caso especificamente do Mato Grosso Brasil com o Paraguai, já houve uma negociação de ter uma cabeceira única, nós vamos construir dentro dessa licitação já uma estrutura de 18 mil metros quadrados, são mais de 100 hectares, onde nós vamos ter uma alfândega de cabeceira única do lado brasileiro em Porto Murtinho. Então, a primeira fase já está resolvida”, adiantou.

Com infraestrutura avançando, Jaime ressalta. "Nós temos que avançar exatamente nessas questões alfandegárias e, obviamente, nos investimentos privados. O que a gente vê claramente hoje, é que nós já temos dois ou três empresários na área de transportes, criando centros logísticos ao longo da Rota, já com aquisições de área em Salta, aquisições de área em Loma Plata, para fazer esse transporte logístico".

Para o secretário, outra questão sob análise é a redução de custo dos produtos que devem chegar a Mato Grosso do Sul, com valores até 30% menor. "Isso cria uma oportunidade para o Mato Grosso do Sul também. Talvez o Mato Grosso do Sul tenha a opção de ser um grande distribuidor de produtos asiáticos para a economia brasileira, substituindo também o local de importação de Santos por Mato Grosso do Sul"

Entre os empresários e personalidades presentes na reunião da Fiems, estavam Cláudio Mendonça, Diretor Superintendente do Sebrae Mato Grosso do Sul, presidente da Associação de produtores de gado Nelore no MS, Paulo Matos e o presidente da Energisa Mato Grosso do Sul, Paulo Roberto.

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