O senador Nelsinho Trad convidou o economista Luiz Carlos Hauly, ex-deputado federal do Paraná e um dos autores da proposta da reforma tributária, para esclarecimento de dúvidas sobre o assunto. A Comissão Mista da Reforma Tributária, no Senado Federal, começou nesta semana os trabalhos para analise das propostas de emenda à Constituição (PECs) 45 e 110, que prevêem a reforma tributária.
Nelsinho colocou ao vivo em suas redes sociais esse bate-papo. ‘’A ideia da reforma é desonerar itens primordiais, entenda na entrevista postada no meu canal do youtube, no meu perfil do facebook e no meu site’’, comentou.
Segundo a proposta, o sistema tributário será simplificado. ‘’Substituindo cinco tributos (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). A transição vai demorar dez anos, sem redução da carga tributária’’, explicou Luiz Carlos.
De acordo com o economista, a reforma trabalha com a unificação de 9 impostos sobre consumo. A reforma cria o Imposto Seletivo Federal, que incidirá sobre bens e serviços cujo consumo se deseja desestimular, como cigarros e bebidas alcoólicas, substituindo cinco tributos pelo IBS. ‘’A ideia é desonerar itens que são primordiais para população. A nossa proposta tem alíquota única, exceto para comida, remédio, água, transporte, os bens essenciais’’, exemplificou.
Outro exemplo sobre o assunto é a proposta de trazer de volta aos mais pobres, àqueles que ganham até dois salários mínimos, tudo o que ele pagar de imposto sobre o consumo deverá retornar a esse cidadão. Ele gasta R$ 1 mil com cesta básica, ele vai receber R$ 300 no mês seguinte. Hoje, ele ganha R$ 1 mil e paga R$ 300 de impostos.
O ex-deputado federal alerta que, se a reforma tributária não for aprovada, o Produto Interno Bruto (PIB) terá redução. Ele disse que sua previsão está embasada na experiência de vida pública há 47 anos, 32 anos como secretário da Fazenda e deputado federal. “Afirmo categoricamente que se não for aprovada a reforma tributária este ano o crescimento do ano que vem não passa de 1%. E se for aprovada a reforma, vai crescer o dobro”, disse.
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