Menu
Menu
Busca segunda, 16 de dezembro de 2024
Gov FAMILIA - Dez24
Economia

Mercado financeiro eleva previsão da inflação de 4,84% para 4,89%

Projeção de expansão da economia está em 3,42% este ano

16 dezembro 2024 - 11h26Luiz Vinicius, com informações da Agência Brasil

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,84% para 4,89% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (16), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2025, a projeção da inflação também subiu de 4,59% para 4,6%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 4% e 3,66%, respectivamente.

A estimativa para 2024 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua e, assim, o CMN não precisará mais definir uma meta de inflação a cada ano. O colegiado fixou o centro da meta contínua em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Em novembro, puxada principalmente pelos gastos com alimentos, a inflação no país foi de 0,39%, após o IPCA ter registrado 0,56% em outubro. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 12 meses a inflação acumula 4,87%.

Juros básicos - Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 12,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o BC aumentar o ritmo de alta dos juros na última reunião do ano, na quarta-feira (11) passada. O órgão informou que elevará a taxa Selic em um ponto percentual nas próximas duas reuniões, em janeiro e março, caso os cenários se confirmem.

Esse foi o terceiro aumento seguido da Selic e a alta consolida um ciclo de contração na política monetária. A taxa retornou ao nível de dezembro do ano passado, quando estava em 12,25% ao ano.

Após passar um ano em 13,75% ao ano - entre agosto de 2022 e agosto de 2023 - a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano, começando a aumentar a Selic na reunião de setembro, quando a taxa subiu 0,25 ponto, e novembro, quando subiu 0,5 ponto.

Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica suba para 14% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida para 11,25% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio - A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano passou de 3,39% para 3,42%. No terceiro trimestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB - a soma dos bens e serviços produzidos no país) subiu 0,9% em comparação com o segundo trimestre. De acordo com o IBGE, a alta acumulada no ano, de janeiro a setembro, é de 3,3%.

Para 2025, a expectativa para o PIB é de crescimento de 2,01%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB também em 2% para os dois anos.

Em 2023, superando as projeções, a economia brasileira cresceu 3,2%. Em 2022, a taxa de crescimento havia sido de 3%.

A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,99 para o fim deste ano. No fim de 2025, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,85.

Reportar Erro

Deixe seu Comentário

Leia Também

PIB recua 0,5% de setembro para outubro, diz FGV
Economia
PIB recua 0,5% de setembro para outubro, diz FGV
Novo Bolsa Família
Economia
Beneficiários do NIS final 5 recebem parcela do Bolsa Família nesta segunda
Empresas tem até sexta-feira para pagarem a segunda parcela do 13º
Economia
Empresas tem até sexta-feira para pagarem a segunda parcela do 13º
Parcela do Bolsa Família é paga mais uma vez no ano
Economia
Beneficiários do NIS final 4 recebem parcela do Bolsa Família nesta sexta
Auxílio gás permanece até o fim do ano
Economia
Governo começa a pagar o Auxílio Gás de dezembro nesta quinta-feira
Serviço de esgoto
Economia
CCJ do Senado reduz alíquota para serviços de água e esgoto
Novo Bolsa Família
Economia
Caixa paga parcela do Bolsa Família a beneficiários do NIS final 3 nesta quinta
Presidente da Fiems, Sérgio Longen
Economia
Longen diz que aumento da Selic é "inadequado"
Centro de Campo Grande
Economia
Com horário estendido, comércio deve movimentar R$ 189,9 milhões neste fim de ano
Bolsa Família
Economia
Caixa paga parcela do Bolsa Família a beneficiários do NIS final 2

Mais Lidas

JD1TV: Imagens mostram Junior sendo alvejado após dar carona para atirador no Universitário
Polícia
JD1TV: Imagens mostram Junior sendo alvejado após dar carona para atirador no Universitário
Professor Roberto Figueiredo atuava há mais de 30 anos na UCDB
Polícia
Professor, de 68 anos, namorava e 'bancava' adolescente que o matou em Campo Grande
Uma entrevista reveladora com Tereza Cristina
Entrevistas
Uma entrevista reveladora com Tereza Cristina
CBV erra nome de Riedel em mimo
Geral
CBV erra nome de Riedel em mimo