Menu
Menu
Busca segunda, 21 de outubro de 2024
Economia

Mercado financeiro eleva previsão da inflação de 4,39% para 4,5%

Projeção de expansão da economia está em 3,05% este ano, diz BC

21 outubro 2024 - 12h24Luiz Vinicius, com informações da Agência Brasil

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,39% para 4,5% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (21), pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2025, a projeção da inflação também subiu de 3,96% para 3,99%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.

A estimativa para 2024 está no teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua e, assim, o CMN não precisará mais definir uma meta de inflação a cada ano. O colegiado fixou o centro da meta contínua em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Em setembro, puxado principalmente pela conta de energia elétrica das residências, a inflação no país foi de 0,44% após o IPCA ter registrado deflação de 0,02% em agosto. De acordo com o IBGE, em 12 meses o IPCA acumula 4,42%.

Juros básicos - Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação fizeram o colegiado elevar os juros pela primeira vez em mais de dois anos.

A última alta dos juros ocorreu em agosto de 2022, quando a taxa subiu de 13,25% para 13,75% ao ano. Após passar um ano nesse nível, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano.

A próxima reunião do Copom está marcada para 5 e 6 de novembro, quando os analistas esperam um novo aumento da taxa básica. Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 11,75% ao ano.

Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 11,25% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida, novamente, para 9,5% ao ano e 9% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio - A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano subiu de 3,01% para 3,05%. No segundo trimestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB - a soma dos bens e serviços produzidos no país) surpreendeu e subiu 1,4% em comparação com o primeiro trimestre. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com o segundo trimestre de 2023, a alta foi de 3,3%.

Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 1,93%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB também em 2%, para os dois anos.

Em 2023, também superando as projeções, a economia brasileira cresceu 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o IBGE. Em 2022, a taxa de crescimento havia sido de 3%.

A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,42 para o fim deste ano. No fim de 2025, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,40.

Reportar Erro
Digix - dia do servidor - Out24

Deixe seu Comentário

Leia Também

Bolsa Família está sendo pago neste mês de outubro
Economia
Segunda é dia de beneficiários do NIS final 2 receberem parcela do Bolsa Família
Emissão do CSI não será mais obrigatória
Economia
EUA diminuem burocracia para comprar pescados brasileiros
Vendas do varejo apresentam oscilação em MS
Economia
Vendas do varejo apresentam oscilação em MS
Foto: Divulgação
Economia
Com receita de US$ 662,2 mi, exportações de setembro crescem 37% com relação a 2023
Bolsa Família ajudará beneficiários neste mês de outubro
Economia
Caixa começa a pagar Bolsa Família de outubro
Novo Bolsa Família
Economia
Bloqueio do cartão do Bolsa Família em bets está sendo implementado
Produtividade na indústria cai 0,3% no segundo trimestre
Economia
Produtividade na indústria cai 0,3% no segundo trimestre
Presidente Lula
Economia
'Arroz da Gente': Lula lança programa de R$ 1 bilhão para produção de arroz
Lembre-se! Clientes de bancos têm até hoje para sacar valores esquecidos
Economia
Lembre-se! Clientes de bancos têm até hoje para sacar valores esquecidos
Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet
Economia
Simone Tebet afirma que revisão estrutural dos gastos será levada "a sério"

Mais Lidas

Vinda de Alcione foi cancelada por problemas com documentação
Geral
Ela não vem mais! Show da Alcione é cancelado no 'MS ao Vivo'
Ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB)
Política
Reinaldo diz que PSDB "liberou todo mundo"
Neuza estava desaparecida há quatro dias
Interior
Aposentada é encontrada morta em grota após dias desaparecida em Bodoquena
Jovem morreu no acidente grave
Interior
Pai vê filha morrer em acidente com carreta na BR-060, em Paraíso das Águas