Menu
Menu
Busca domingo, 24 de novembro de 2024
Economia

Inflação de setembro na capital fecha em 0,42%

Transportes e Habitação foram os principais responsáveis pelo resultado

10 outubro 2018 - 10h35Da Redação com Assessoria

O Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG) de setembro, que representa a inflação local, ficou em 0,42%, muito maior do que o registrando em agosto (-0,01%), de acordo com o Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes) da Uniderp. A taxa é a mais alta desde 2015 (0,57%) no comparativo entre os meses de setembro.

Os grupos que mais contribuíram para esse resultado foram: Transportes (1,91%), Habitação (0,60%), Vestuário (0,97%) e Educação (0,17%). Segurando o crescimento do índice, ficaram Despesas Pessoais (-1,23%), Alimentação (-0,13%) e Saúde, (-0,03%).

De acordo com o coordenador do Nepes/Uniderp, Celso Correia de Souza, a inflação registrada para o mês anterior sinaliza uma retomada do processo inflacionário. "Os aumentos dos combustíveis podem ser vistos como os grandes culpados pela elevação da inflação na Capital. Para os próximos meses, o que se espera são inflações mais elevadas devido às festas de final de ano, período de aumento de consumo e, consequentemente, a inflação deverá continuar crescendo", revelou.

O professor também alerta que o alto valor do dólar pode impactar nos preços de insumos natalinos importados, bem como, outros produtos como trigo, máquinas de alta precisão, eletroeletrônicos e gasolina, recrudescendo a inflação na cidade. "Ainda com o dólar alto, pode haver favorecimento às exportações brasileiras, principalmente, de grãos e carnes, diminuindo a oferta desses produtos no mercado interno, consequentemente, aumentando os seus preços, contribuindo também para a elevação da inflação", analisa Celso.

Considerando os nove primeiros meses em Campo Grande, a inflação acumulada é de 2,86%. Nesse período destacam-se os grupos, Habitação (5,61%) e Vestuário (3,50%) com altos indicadores. O grupo Transportes (-1,97%) se evidencia pela deflação.

No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa chega a 3,97%, resultado bem próximo da meta de 4,5%, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CNM) para o ano todo. "Como a inflação de Campo Grande está sinalizando tendência de alta já não se pode afirmar que existem reais possibilidades de se chegar a dezembro com uma inflação acumulada abaixo dos 4,5%, como aconteceu em 2017, quando registrou 2,60%", projeta o pesquisador.

Alguns fatores poderão ajudar a retardar a elevação da inflação neste ano, como a continuidade do alto nível de desemprego no país, os altos juros praticados na economia, o grande endividamento da população fazendo com que haja queda de demanda de consumo, inclusive, em produtos de alimentação. "Não se pode ignorar que as eleições de outubro/2018 podem influenciar negativamente o controle da inflação, pois, toda incerteza política causa aumento do dólar", acrescenta Celso.

Segmentos

O grupo Habitação fechou setembro em 0,60%, reflexo de aumentos de preços com produtos como desinfetante (6,48%), lâmpada, (4,21%), lustra móveis (0,30%), água sanitária (0,29%), carvão (0,18%), entre outros. Quedas ocorreram com: esponja de aço, (-6,32%), álcool para limpeza (-5,03%), sabão em barra, (-3,18%), etc.

O índice de preços do grupo Alimentação teve deflação de - 0,13%, repetindo o comportamento de julho. As maiores elevações de preços ocorreram com: limão (46,98%), pepino (23,52%), mamão (18,23%), entre outros. Fortes quedas de valor foram constatadas com: abobrinha (-39,69%), cebola (-37,56%), beterraba (-25,20%), entre outros alimentos.

Segundo o pesquisador da Uniderp, a deflação foi resultante do clima mais ameno, que favorece a produção de hortaliças e frutas, baixando os seus preços. "Esse grupo sofre muita influência de fatores climáticos e da sazonalidade de safras, principalmente, verduras, frutas e legumes. Alguns desses produtos aumentam de preços aos términos das colheitas, outros diminuem de preços quando entram nas safras", explicou Celso.

Dos quinze cortes de carnes bovina pesquisados pelo Nepes/Uniderp, oito tiveram alta nos preços. São eles: ponta de peito (11,50%), contrafilé (10,03%), alcatra (7,41%), coxão mole (6,82%), patinho (5,40%), picanha (3,32%), músculo (3,26%) e lagarto (3,11%). O cupim permaneceu estável, mas outros seis cortes registraram quedas no valor: fígado (-6,07%), filé mignon (-1,99%), vísceras de boi (-1,65%), paleta (-1,13%), costela (-0,74%) e acém (-0,13%).

Quanto a carne suína, houve elevação de preços com a costeleta (4,43%) e a bisteca (3,78%), já o valor do pernil caiu (-7%). O frango resfriado reduziu (-3,78%) e os miúdos permaneceram com preço estável.

Reportar Erro
Caramara - Nov24- voce que faz

Deixe seu Comentário

Leia Também

Dinheiro
Economia
Primeira parcela do décimo terceiro deve ser paga até sexta-feira (29)
Agência do INSS
Economia
INSS paga folha de novembro a partir de segunda-feira
Imagem ilustrativa
Economia
Governo Federal bloqueia R$ 6 bilhões do Orçamento de 2024
Sede Governadoria
Economia
Governo MS paga décimo terceiro dia 9
MS tem uma das menores taxas de desemprego do Brasil, diz IBGE
Economia
MS tem uma das menores taxas de desemprego do Brasil, diz IBGE
Trabalho em MS
Economia
4ª menor do País: taxa de desocupação em MS cai para 3,4% de julho a setembro
Receita abre consulta a lote da malha fina do Imposto de Renda
Economia
Receita abre consulta a lote da malha fina do Imposto de Renda
Campo Grande
Economia
Campo Grande alcança 5ª posição em faturamento no mercado de franquia
Gasolina e Etanol
Economia
Pesquisa mostra diferença de preço de 32,25% no etanol e 22,98% na gasolina em MS
Detalhamento dos maiores valores por benefício fiscal -
Economia
A lista da renúncia fiscal

Mais Lidas

Policial da PMMS é condenado por atirar em contrabandista em fuga
Justiça
Policial da PMMS é condenado por atirar em contrabandista em fuga
Presidente eleito da OAB-MS, Bitto Pereira, ao lado de sua vice, Marta Taques
Justiça
Bitto Pereira vence eleição na OAB-MS
A frente do carro ficou destruída após a colisão
Polícia
Traficantes sofrem acidente grave ao tentar fugir da Polícia Militar em Campo Grande
Foto: Diário do Estado
Polícia
Assaltantes saqueiam carreta usando uma Hilux para fechar e tombar o veículo