Menu
Menu
Busca quinta, 26 de dezembro de 2024
Economia

Governo quer melhorar setor empresarial no Brasil

A ideia é reduzir tempo de abertura e fechamento de empresas e deixar o país com ambiente melhor para negócios

06 abril 2019 - 13h25Da redação com Agência Brasil

Quanto tempo demora para abrir ou fechar uma empresa no Brasil?  Qual o tamanho da burocracia para obter licenças de construção e instalação de energia elétrica dos empreendimentos?

Essas e outras perguntas fazem parte de uma avaliação anual do Banco Mundial para medir o ambiente de negócios de 190 países. O levantamento, chamado Doing Business, analisa 10 indicadores e classifica os países com nota de 0 a 100. Quanto mais próximo da pontuação máxima, melhor o ambiente de negócios. O Brasil ocupa uma posição tímida no ranking, apenas o 109º lugar,com 60,01 pontos, atrás de países como o México, a Colômbia e Costa Rica. O presidente Jair Bolsonaro já anunciou a meta de levar o país para a lista dos 50 mais bem classificados até o fim do seu mandato, em 2022. Para definir estratégias de como chegar lá, representantes do banco se reuniram nesta semana com integrantes do governo no Palácio do Planalto. 

"Não há como a gente entender a lógica de um país que é a oitava economia do mundo e ocupar a 109ª posição para ambiente de negócios", afirmou o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Floriano Peixoto, em entrevista. Para o ministro, as pessoas que desejam empreender ainda são muito penalizadas pela burocracia do país.  

"O cidadão que deseja construir uma empresa, fisicamente, demora muito para obter um alvará, para obter uma [ligação de] energia, para tratar questões de crédito e insolvência e mesmo para fechar um negócio. São áreas em que estamos constituindo grupos de trabalho específicos para propor e levar recomendações de melhoria", acrescenta.

Metas  

Ao todo, o governo criou cinco grupos temáticos, com a participação representantes da sociedade civil, do próprio Banco Mundial, além de técnicos da Receita Federal, Comissão Valores Mobiliários (CVM) e do Ministério da Economia, todos sob a coordenação da Secretaria Especial de Modernização do Estado, vinculada à Secretaria-Geral da Presidência. Cada grupo deve se debruçar sobre cinco dos indicadores avaliados no relatório Doing Business: obtenção de eletricidade, registro de propriedades, abertura de empresas, obtenção de alvará de construção e pagamento de impostos.

"Essas ações vão trazer resultados concretos, como a diminuição do tempo de abertura de empresas, menos burocracia para obtenção de registros, licenças para instalação de novos empreendimentos industriais e comerciais. É preciso facilitar a jornada do cidadão", afirma Márcia Amorim, secretária especial de Modernização do Estado. 

Burocracias

A meta estipulada pela secretária é ambiciosa. Segundo o ultimo relatório do Doing Business, que capta dados em São Paulo e no Rio de Janeiro, o tempo médio de abertura de uma empresa na capital paulista é de cerca de 18 dias, mas em alguns estados, como o Rio Grande do Sul e o Distrito Federal, esse tempo médio ultrapassa os quatros meses. São exigidos 11 procedimentos, que começam na prefeitura municipal e terminam em órgãos estaduais. 

Em países como a Nova Zelândia, por exemplo, o tempo médio de abertura de empresas é de apenas algumas horas e somente um procedimento é exigido. Na média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne algumas das economias mais desenvolvidas do mundo, o tempo de abertura de um empreendimento é pouco mais de uma semana e menos de cinco procedimentos são exigidos. 

"Nem todas as reformas são em nível federal, você vai precisar claramente de reformas em nível estadual e nas prefeituras, que estão na ponta dos serviços que fazem parte do indicador", afirma Rafael Muñoz, coordenador da área econômica do Banco Mundial para o Brasil. Segundo ele, o indicador em que o Brasil tem mais dificuldade é o de pagamento de impostos. 

Reportar Erro

Deixe seu Comentário

Leia Também

Dólar fecha o dia em alta e é cotado a R$ 6,17
Economia
Dólar fecha o dia em alta e é cotado a R$ 6,17
Lula publica ainda este ano decreto com novo salário mínimo
Economia
Lula publica ainda este ano decreto com novo salário mínimo
Gasto com despesas natalinas cresce cerca 46,5% em quatro anos
Economia
Gasto com despesas natalinas cresce cerca 46,5% em quatro anos
PIX bate novo recorde com 252 milhões de transferências
Economia
PIX bate novo recorde com 252 milhões de transferências
PIB de MS em 2025 deve ser de R$ 227 bilhões, crescimento de 6,86%
Economia
PIB de MS em 2025 deve ser de R$ 227 bilhões, crescimento de 6,86%
Com pagamento de 13° e férias, movimento deve aumentar 20% em bares e restaurantes
Economia
Com pagamento de 13° e férias, movimento deve aumentar 20% em bares e restaurantes
Bolsa Família ajudará beneficiários neste mês de dezembro
Economia
Caixa encerra Bolsa Família de dezembro pagando beneficiários de NIS final 0
BC anuncia pagamento de boletos via PIX para 2025
Economia
BC anuncia pagamento de boletos via PIX para 2025
Caiu: PIX passa por instabilidade e fica fora do ar nesta sexta-feira
Economia
Caiu: PIX passa por instabilidade e fica fora do ar nesta sexta-feira
Dólar opera em alta
Economia
Dólar recua após comentários de Lula e intervenção do BC

Mais Lidas

Durante ceia em família, uma pessoa morre 5 minutos antes da meia-noite
Polícia
Durante ceia em família, uma pessoa morre 5 minutos antes da meia-noite
Cosmi foi morto na frente da própria residência
Polícia
Agiota é morto a tiros na frente da esposa no Jardim Columbia
JD1TV: Passageiro grava acidente de dentro de avião que caiu no Cazaquistão
Internacional
JD1TV: Passageiro grava acidente de dentro de avião que caiu no Cazaquistão
Bolo que teria causado envenenamento ou intoxicaçã
Polícia
Irmãs morrem após comerem bolo em chá da tarde