De acordo com pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems), em dez anos o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado cresceu 254,3%, saltando de R$ 6,21 bilhões para R$ 22 bilhões. Sérgio Logen, presidente da instituição, afirmou que o salto se deve aos incentivos fiscais que o governo estadual vem disponibilizando ao empresário do setor industrial.
“A industrialização do Estado está sendo muito bem construída, a diversidade da matriz industrial está muito bem distribuída nos municípios e, dessa forma, passamos do tempo do desenvolvimento da indústria sucroenergética, inclusive na evolução desse segmento, na contratação, na produção e até mesmo no número de empresas na exportação, e fomos para o segmento da indústria frigorífica, tanto de bovinos e suínos, quanto de frangos e peixes, como a tilápia”, exemplificou.
Para o empresário, os 10 anos foram muito importantes para a consolidação da atividade industrial. “Entendo que os números estão aí e, na comemoração dos 42 anos de Mato Grosso do Sul, é importante destacar o trabalho do Sistema Fiems para um setor de extrema importância para o desenvolvimento do Estado. Quando se fala em mudança na geração de empregos e mudança na geração da base da economia, a indústria veio para ficar e ela está se consolidando ano a ano, quer na geração de empregos, quer no aumento de empresas, quer no PIB, porque 254% em 10 anos é um número muito significativo, praticamente um índice de crescimento de países asiáticos. Mato Grosso do Sul é isso e é nessa linha o nosso trabalho”, afirmou.
Longen entende que, desde o momento em que chega a Mato Grosso do Sul, a indústria busca informação de oportunidades, de que forma é possível exportar e para onde vender seu produto. “Normalmente, trabalhamos com o Governo do Estado, quanto a incentivos fiscais, com o Banco do Brasil, com o FCO que é uma grande ferramenta que temos e que tem nos ajudado muito na captação de empresas para investimentos em Mato Grosso do Sul, e também nas prefeituras, com incentivos regionais, muitas vezes com imóveis, aterros, ISS da obra. Isso tem feito a diferença em Mato Grosso do Sul, então a Fiems fez sua parte, além da qualificação profissional para todos os segmentos. Quando você puxa os dados dos trabalhadores da indústria aqui do Estado, é muito difícil não ver a maioria deles com qualificação do Sesi ou do Senai”, pontuou.
Características competitivas
O secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, classifica o aumento como extraordinário para qualquer padrão de crescimento industrial no mundo. “Mostra que Mato Grosso do Sul tem características competitivas bastante fortes para atração de indústrias. Os fatos que explicam, sejam fatores internos e externos que propiciam essa capacidade: é fundamental a política de incentivos fiscais para o Estado”, reforçou.
Ele completa que o Governo do Estado tem um posicionamento justamente sobre as limitações que Mato Grosso do Sul tinha inicialmente sobre a mão de obra e a logística, que não seria compensada sem o incentivo fiscal. “Gosto de chamar ‘competitividade fiscal’ e, se não tivéssemos essa política consistente, atrelada à segurança jurídica, muitas dessas indústrias não viriam ao Estado, ou fechariam as portas, e o que a gente observa no PIB é justamente o contrário, vemos uma maturidade de crescimento e do processo industrial”, analisou.