Em 2019, o Brasil vai liderar a lista dos países com maior alíquota de impostos sobre o lucro das empresas, em todo o mundo, com o percentual de 34%. O ranking hoje é liderado pela França, que já planeja queda de 34,4% para 25%, até 2020.
De acordo com o Estadão, a redução da carga tributária ganhou velocidade ao longo de 2018, com a adoção de uma política mais agressiva pelos Estados Unidos, Bélgica e França. Aqui no Brasil, a equipe de Jair Bolsonaro que toma posse nesta terça-feira (1º), já adiantou que mudanças nessa área estão em estudo par aumentar a produtividade e o crescimento da economia.
O diretor executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, considera que o Brasil tem um sistema tributário muito complexo, com carga elevada, o que dificulta a vida de quem produz.
Em função da competição entre países por investimentos internacionais, a queda das alíquotas vem sofrendo queda histórica desde as décadas de 70 e 80. Desta forma, os países começaram a lidar com o movimento das multinacionais de “mover lucros” para paraísos fiscais, o que reduz a arrecadação.
Em razão da crise internacional e a necessidade de ajustes fiscais, os países que adotaram essa prática entre 2008 e 2015, compensaram a redução da carga tributária nas empresas com o aumento da tributação nas pessoas físicas para não terem grande perda de arrecadação.
Rodrigo Orair, especialista no tema e diretor da IFI, muitos países já resolveram o problema fiscal em 2016 e passaram a se preocupar com o crescimento econômico, adotando um política mais agressiva de queda.
Para o especialista, os países estão reduzindo alíquota chamada estatutária, mas ao mesmo tempo estão limitando algumas deduções do IR das pessoas jurídicas, ampliando a base de incidência ou fazendo uma série de revisão dos benefícios tributários. Segundo Rodrigo, a reforma tributária do presidente dos EUA, Donaldo Trump, reduziu um volume grande de deduções que as empresas podiam fazer. A expectativa de Rodrigo é que o Brasil siga a política do presidente americano. “A grande dúvida é a equipe de Paulo Guedes vai compensar total ou parcialmente tributando dividendos na pessoa física ou imitando os juros sobre o capital próprio”, diz.
Confira o ranking: