Pela 20º vez, a Mangueira é a grande campeã do carnaval 2019 do Rio de Janeiro. A escola recontou a história do Brasil a partir de heróis negros e índios. Falou da viúva de Marielle Franco, vereadora do PSOL morta em março do ano passado.
Para conquistar o seu 20º título, a Mangueira deu uma aula de história na Sapucaí. Mas foi uma história alternativa, com destaque para heróis da resistência negros e índios em vez dos personagens tradicionais das páginas de livros escolares.
O enredo “História pra ninar gente grande” foi assinado pelo carnavalesco Leandro Vieira e contado em 24 alas e cinco alegorias. Em busca do título, a Mangueira exibiu uma bandeira do Brasil com as cores da escola no final do desfile.
"A gente passou a mensagem que a gente queria, não só pro Brasil, mas para o mundo inteiro, a valorização da nossa raça, os verdadeiros desbravadores deste país", comemorou a rainha de bateria Evelyn Bastos, destacando que a escola exaltou a história do povo negro.
O carnavalesco Leandro Vieira, que conquistou o segundo campeonato da sua carreira, também celebrou a vitória. "A Mangueira merece esta festa. A Mangueira é uma escola que faz carnaval para representar uma comunidade importante.
A Mangueira liderou a disputa de ponta a ponta. A escola e a Viradouro tiveram uma competição apertada nos primeiros três quesitos, mas, a partir do quarto, de alegorias e adereços, a Mangueira assumiu a primeira posição sozinha até o final da apuração das notas.
A escola verde e rosa apenas perdeu três décimos durante toda a apuração, mas estas notas mais baixas foram descartadas na pontuação final.
No ano passado, a Mangueira ficou em 5º lugar, com um samba-enredo que exaltou a simplicidade do carnaval. A campeã foi a Beija-Flor. A última vez que a verde e rosa levou o troféu foi em 2016, quando homenageou a cantora Maria Bethânia.
Com a vitória neste ano, a Mangueira chegou ao seu 20º título no carnaval do Rio de Janeiro, apenas dois a menos que a maior campeã, a Portela.
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