O Projeto ‘Tatu-Canastra’, do ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres), capturou o maior tatu-canastra macho já registrado no Pantanal nos últimos 14 anos. A captura ocorreu na Fazenda Baia das Pedras, na região da Nhecolândia, em Mato Grosso do Sul. Segundo a instituição, o animal batizado de Wolfgang, mede 160 centímetros e 36 kg.
Durante a captura, feita na primeira quinzena de outubro, foram feitos exames de saúde, além da instalação de um rádio transmissor VHF para monitorar o animal. De acordo com o ICAS, o material foi coletado para aprofundar os estudos sobre a reprodução de machos de tatu-canastra em vida livre.
O procedimento foi realizado por meio de novas técnicas e protocolos de eletrojaculação, considerados métodos inovadores de estudo sobre a reprodução da espécie.
O objetivo do estudo é entender como funciona a biologia e a fisiologia reprodutiva do tatu-canastra e também do tamanduá-bandeira, ambos em vida livre. A pesquisa busca aplicar técnicas reprodutivas já conhecidas em animais domésticos para monitorar o ciclo reprodutivo de espécies ameaçadas de extinção.
A pesquisa também busca analisar a qualidade do sêmen e da morfologia espermática, com intuito de viabilizar no futuro a criopreservação do material em um banco de dados germoplasma animal.
Tatu-canastra
Priodontes maximus, conhecido como tatu-canastra, é considerado o “engenheiro do ecossistema” por construir tocas como refúgio e abrigo térmico para mais de 100 espécies de vertebrados.
A preservação desta espécie – classificada como vulnerável pela lista vermelha de espécies ameaçadas da IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza) – garante o equilíbrio dos ecossistemas em que habita.
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