Aos 27 anos, Itanner Ferreira, mais conhecido como MC Granfino, é um dos nomes que vem conquistando espaço no cenário do funk em Campo Grande. Sua trajetória começou quase que por acaso, influenciada por amigos do meio musical e pela experiência marcante em um show do MC Guime. “Achei aquilo de uma energia surreal, e foi aí que decidi que era o que eu queria fazer”, relembra.
Apesar de Campo Grande ser conhecida como a terra do sertanejo, Granfino acredita que o funk tem ganhado espaço no estado, especialmente nos últimos anos. Para ele, isso se deve à força e à versatilidade do gênero, que consegue atrair públicos diversos. Com letras que abordam temas variados, ele procura falar tanto para quem gosta de funks mais pesados quanto para aqueles que preferem ouvir algo leve no caminho para o trabalho. “A música é um estado de espírito, então tento escrever de tudo um pouco”, explica.
Desafios no Funk e a construção de uma carreira sólida
Para MC Granfino, a maior dificuldade em se destacar no funk em Campo Grande é quebrar preconceitos e provar constantemente que o funk local pode ser feito com profissionalismo e qualidade. “Aqui se sabe fazer funk, com qualidade e profissionalismo, mas ainda enfrentamos um estigma. Tenho que provar isso dia após dia para contratantes e casas de show”, diz. No entanto, ele destaca que, com a expansão do funk em todo o Brasil, o público em Mato Grosso do Sul também tem abraçado mais o estilo.
A influência de outros artistas é notável em seu trabalho. Granfino cita MC Hariel como uma das inspirações que ajudam a moldar seu estilo e reforçam a importância de manter uma trajetória profissional e responsável no gênero. Com eventos importantes em sua carreira, como sua apresentação no Baile do Zero67, Granfino sente que a aceitação do público pelo funk é cada vez maior, criando oportunidades para eventos com uma energia positiva e que atraem milhares de pessoas.
O Futuro e o desejo de expandir o Funk de Campo Grande
Com os olhos no futuro, MC Granfino já cogitou a possibilidade de tentar a carreira em São Paulo, onde o funk tem uma forte base. No entanto, hoje ele está focado em fazer o nome nacionalmente, com o sonho de “estourar uma música nível nacional e abrir portas para expandir a carreira”.
Para aqueles que estão começando no funk, ele dá um conselho fundamentado em sua própria experiência de 15 anos na música: “Se cuide com falsas promessas, foque no que quer de verdade e não se deixe levar por prazeres momentâneos. Rebate as críticas com trabalho e veja-se como artista. Acreditar que é possível faz toda a diferença.”
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