Tradição e modernidade formam a marca dos Correios. Com três séculos e meio de existência, além do registro histórico em peças filatélicas, a empresa expressa a trajetória do país no seu patrimônio arquitetônico por meio de prédios construídos no início do século XX em diversas cidades do Brasil, onde convivem e contrastam com modernos complexos logísticos.
Perto de completar 120 anos de emancipação, Campo Grande (MS) tem também no prédio dos Correios uma das construções históricas da cidade. Localizada na esquina da Avenida Dom Aquino com a Av. Calógeras, a construção segue um conceito eclético e moderno para a época – a pedra fundamental foi lançada em 1934 e a ocupação do prédio se dá em 1940.
Antes disso, os Correios já estavam estabelecidos em Corumbá. Em Campo Grande, desde a década de 1920 o serviço ocupava um prédio na Rua 13 de Maio, quase esquina com a Rua Dom Aquino. A distribuição de correspondência na época era realizada pelo empresário Luís dos Santos em seus "Fordinhos - de - Bigode".
A arquitetura do prédio histórico chama atenção de pesquisadores. Professora no curso Arquitetura e Urbanismo, Camila Amaro levou alguns de seus alunos para conhecer de perto características diferenciadas da construção. "A arquitetura eclética do edifício foi um ponto relevante para a visita, além de estar inserido na Zona Especial de Interesse Cultural do Centro de Campo Grande", relatou a docente.
Segundo o arquiteto dos Correios, Erick Fraiha, os Correios têm um patrimônio arquitetônico de relevância para o contexto onde estão inseridos, como é o caso do prédio que atualmente abriga a agência central de Campo Grande e a sede da Superintendência Estadual de Operações em Mato Grosso do Sul. "São muitos os desafios de conservação. Há diversas implicações legais e institucionais acerca das mudanças relacionadas ao uso do espaço ao longo dos anos", destacou o profissional.
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