Há um dia para terminar o prazo dado pela Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos (Agereg), para que o Consórcio Guaicurus renove a frota do coletivo urbano de Campo Grande, o diretor-presidente, Vinicius Leite Campus, disse que não vai recuar.
Se o consórcio não colocar frota nova para atender a população, terá que pagar multa de R$ 2,7 milhões. Em coletiva na tarde desta quarta-feira (15), Vinicius Campos explicou que uma empresa especializada foi contratada para averiguar a situação da frota. O levantamento aponta que 47 veículos estão com a vida útil [seis a sete anos] vencida. A fiscalização teve início em junho de 2018 e não ocorria em gestões anteriores.
A Agereg não cogita reduzir ou rescindir o contrato com o consórcio. “Temos que ter muito cuidado com rompimento de contratos que são muito longos, estamos em um momento de crise e partir para um ato unilateral da administração pública que reduz o prazo ou passa por uma rescisão do contrato, dificilmente se conseguiria uma empresa para investir R$ 200 milhões, do dia para a noite, para substituir o consórcio, seria um caos, a licitação para tal concessão é muito demorada e a partir do momento que o investidor tem insegurança jurídica, você não consegue atraí-lo”, explicou o diretor-presidente.
O consórcio aponta prejuízos porque a prefeitura não deu reajuste e Vinícius Campos rebateu, alegando que “não basta apontar prejuízos, é preciso provar”. “Está fora de cogitação o município indenizar o consórcio”, disse sobre a ação movida na Justiça, contra a prefeitura.