A família do jardineiro Antônio Medina, de 59 anos, autorizou a doação dos órgãos dele para outros pacientes. Após a morte encefálica constatada neste domingo (5), a captação foi realizada nesta segunda-feira (6) pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul.
Na primeira ação do ano, foram captados um fígado, dois rins e duas córneas. Conforme divulgado, o fígado será transplantado em um paciente do próprio estado, enquanto os rins serão encaminhados ao Rio Grande do Sul e Minas Gerais, respectivamente. Já as córneas, ficarão no Banco de Olhos da Santa Casa de Campo Grande.
Coordenador do CIHDOTT, o médico Ivair Ximenes Lopes Jr. explica que, após todos os protocolos de constatação da morte encefálica terem sido concluídos, a equipe faz o acolhimento dos familiares e a abordagem de consulta sobre a doação dos órgãos.
“Neste caso, vamos modificar cinco vidas com a doação de uma pessoa. A doação de órgãos traz sobrevida e melhora a qualidade de vida de um paciente que, às vezes, está ligado a uma máquina de diálise ou sem enxergar por conta de um problema na córnea”, explica o médico.
Quem tem interesse em ser um doador de órgãos, deve comunicar a família sobre a decisão. Após a morte, os familiares são responsáveis por autorizar a retirada de órgãos e tecidos e a doação.
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista de espera. A lista é única, organizada por estado ou região, e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes.
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