A história do CEDAMI na Associação de Auxílio e Recuperação dos Hansenianos/AARH teve início em 1979, se estabelecendo na Capital cinco anos depois e completou seus 40 anos no dia 25 de outubro acolhendo e alimentando indivíduos e famílias.
O CEDAMI começou a partir de uma iniciativa da Irmã Silvia Vecellio se sensibilizou com os migrantes e as pessoas em situação de rua que se aglomeravam em frente a um antigo abrigo social, na Av. Afonso Pena.
Foram 6 anos seguidos servindo, sopa, pão e leite a mais de 100 pessoas, toda noite. O gesto solidário evoluiu para um projeto que deu origem ao Centro de Apoio ao Migrante, construído próximo à calçada da sopa solidária, na Rua Terenos, 96. Bairro Amambaí, obra do arquiteto Jurandir Nogueira.
O CEDAMI foi inaugurado em 1984 e passou a acolher indivíduos e famílias em trânsito para permanências, geralmente de 3 a 7 dias.
A partir de 2006, o local passou a receber venezuelanos e haitianos. Nesses 40 anos, os registros apontam para 66.035 pessoas atendidas. O plano de atendimento inclui: comida, roupas, higiene pessoal, estado de saúde e documentação: segunda via para brasileiros e regularização para estrangeiros, além de encaminhamento para o mercado de trabalho, moradia e educação. Uma Escuta Qualificada pesquisa o grau de vulnerabilidade que a pessoa pode apresentar à segurança dos abrigados.
Para o engenheiro Carlos Melke, presidente da Associação de Auxílio e Recuperação dos Hansenianos, o CEDAMI nasceu da visão empreendedora de Ir. Silvia Vecellio e da sensibilidade que ela sempre demonstrou para com os menos favorecidos. "Além de cuidar dos doentes, ela também estendeu os braços para os migrantes e os idosos. Por isso a Associação tem a responsabilidade de manter esses princípios e levar o trabalho humanitário que ela desenvolveu em outras frentes".
O CEDAMI interage com todos os setores estaduais e municipais de assistência, a exemplo da FUNSAT, CETREMI, FUNTRAB, Casa da Mulher Brasileira, FUNAI, CAM – Centro de Atendimento de Direitos Humanos MS, Centro POP, Hospital Regional, Santa Casa e HU, com os quais troca informações e apoio mútuo.