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Ângelo Arruda diz que nova 14 está bonita, mas “precisa atrair novos serviços e atividades"

Ângelo conta que, em 1977, o urbanista Jaime Lerner fez um plano urbanístico para a capital, que já continha a revitalização da 14 de julho; o comércio na época foi contra

29 novembro 2019 - 09h16Joilson Francelino    atualizado em 29/11/2019 às 09h57

O arquiteto e urbanista Ângelo Arruda elogiou a requalificação da rua 14 de Julho, que será entregue nesta sexta-feira (29), mas alertou para a atração de novos serviços e atividades para movimentar a rua .

Em entrevista ao JD1 Notícias, Arruda relembrou um artigo seu escrito em 1981, para o Jornal da Cidade, onde defendia o calçadão na 14, obra que foi projetada em 1977, quando o prefeito de Campo Grande era Marcelo Miranda Soares. O “Plano Lerner“ do urbanista Jaime Lerner, projetara a cidade para o futuro, e, muitas das obras elaboradas foram executadas, o calçadão porém , que seria feito na 14, foi redirecionado para a rua Barão do Rio Branco, pois os comerciantes da 14, na época, conseguiram derrubar o projeto.

A obra hoje é realidade, porém, Ângelo afirma que as áreas centrais revitalizadas só têm sucesso quando existe um “mix de serviços, comércio e moradia”. “Moradias na 14 são muito poucas, né? São raros os  prédios com finalidade residencial, alguns muito antigos, então seria melhor o projeto de revitalização do centro adotar em paralelo estratégias urbanísticas para as pessoas que queiram morar  no centro. Ao mesmo tempo, também, promover mudanças urbanísticas para que serviços ativos possam se estabelecer, porque eles vão sustentar a 14 após o expediente do comércio”, disse ao citar como exemplo bares, restaurantes,padarias, e tantas outras atividades que, segundo o arquiteto precisam existir na rua para que ela possa funcionar mais tempo.

O arquiteto conclui que o investimento feito na obra precisa ter retorno. “A prefeitura vai pagar esse investimento. Então, é preciso dinamizar a economia e, para isso, é preciso trazer atrativos: cinema, teatro, colégios. As pessoas precisam sair de casa e ir para o centro e não ficarem simplesmente restritas a um espaço 100% comercial”, finalizou.

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