Com promessa de conciliar agricultura e meio ambiente, a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) assumiu nesta quinta-feira (14) a presidência da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA). Luis Carlos Heinze (PP-RS) ocupará a vice-presidência.
Soraya, durante pronunciamento de posse, afirmou que tem boa relação com a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, também de Mato Grosso do Sul. De acordo com a nova presidente da CRA, um bom diálogo entre as partes poderá fortalecer ainda mais o agronegócio brasileiro.
Meio ambiente
Soraya ressaltou que o Brasil possui condições de conciliar o desenvolvimento agroeconômico com a preservação da riqueza ambiental. “Minha prioridade será alinhar agricultura e meio ambiente. O desenvolvimento econômico e a preservação ambiental são absolutamente compatíveis” argumentou.
A senadora apontou que os investimentos no incremento tecnológico manterão o crescimento da produção, tornando possível ao mesmo tempo não desmatar. Ela disse crer que o Brasil possui vocação para o agronegócio, sendo cada vez mais um dos “celeiros do mundo”. Para exemplificar seus argumentos ela relembrou de sua visita à China no mês passado e as negociações com a empresa estatal Cofco, daquele país.
“Os chineses são nossos maiores compradores, sendo que toda essa produção é adquirida pela Cofco. E os dirigentes dessa empresa me garantiram que tudo o que aumentarmos de produção, eles compram”, afirmou.
Brasil como potência mundial
O senador Luis Carlos Heinze disse durante a posse que o Brasil possui todas as condições de se tornar a maior potência agrícola mundial em menos de 10 anos, à frente dos Estados Unidos, da União Europeia e dos concorrentes asiáticos.
Para ele, o grande desafio do agronegócio hoje é diminuir a “asfixiante carga tributária, responsável por cerca de 30% dos custos de setores inteiros, como o do leite”.
“Vamos atuar aqui na CRA junto com a ministra Teresa Cristina para que esse compromisso seja cumprido”, afirmou.
Heinze destacou o protagonismo que o agronegócio conseguiu atingir no país, afirmando que o setor foi responsável direto pela quase totalidade das reservas cambiais acumuladas nos últimos anos e por cerca de 30% dos postos de trabalho hoje existentes.
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