O futuro ministro da Justiça, juiz Sérgio Moro, apresentou algumas divergências com projetos polêmicos do presidente eleito Jair Bolsonaro durante sua campanha eleitoral, em assuntos relacionados a segurança pública.
Em coletiva na manhã desta quarta-feira (7), Moro é favorável ao porte de armas, mas com limitações para não facilitar o acesso ao armamento por facções criminosas. Quanto à licença para não punir policiais que atiram para matar criminosos, o futuro ministro defende que o policial pode atirar para matar, mas sem que o confronto policial seja adotado como estratégia para coibir a criminalidade.
Moro é contra o fechamento da fronteira com a Venezuela. “Princípio de solidariedade devem ser observados, seja em relação à Venezuela como em relação a outros países vizinhos”, destacou. A redução da maioridade penal para 16 anos é defendida por ele apenas em casos de crimes graves como, homicídios, lesão corporal grave e estupro.
Apesar das divergências, Moro se coloca como subordinado de seu futuro chefe. "O governo é dele, ele dá a última palavra em relação a essas proposições", disse.