O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, reconheceu não se tratar do melhor momento para o reajuste no salário dos ministros da Corte, aprovado pelos senadores na quarta-feira (7).
Ao lembrar-se que, em 2016, quando a proposta tramitava no Congresso, a então presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, decidiu que não era momento para aumento, o que adiou a votação no Senado. “Se já não era oportuno em 2016, hoje, com a situação econômica, financeira da União e dos estados, muito menos”, afirmou Marco Aurélio. Ele, no entanto, defendeu que se trata de uma reposição de perdas inflacionárias referentes ao período entre 2009 e 2014.
Questionado sobre se aprovar o aumento em período de alto desemprego não seria inadequado, Marco Aurélio respondeu: “Não vamos parar o Brasil porque ele está numa situação difícil econômica e financeira. Mas as instituições precisam continuar funcionando”.
Reajuste
Por 41 votos a 16, os senadores aprovaram o projeto que aumenta em 16% os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e procurador-geral da República. Se o presidente Michel Temer sancionar, os subsídios dos magistrados passarão de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil.
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