Abraham Weintraub, ministro da Educação, afirmou em entrevista que as universidades federais brasileiras possuem plantações extensivas de maconha e que os laboratórios de química das universidades produzem metanfetamina.
O ministro, no entanto, não apresenta provas de sua afirmação, muito menos explica de onde partiu essa acusação. A “denúncia” foi feita durante entrevista ao Jornal da Cidade Online, que vai ao ar no próximo domingo 24. Nesta sexta-feira (22), o veículo liberou apenas um vídeo com um corte da entrevista na qual Weintraub faz as acusações.
“Você tem plantações de maconha, mas não são três pés de maconha, são plantações extensivas de algumas universidades, a ponto de ter borrifador de agrotóxico. Porque orgânico é bom contra a soja para não ter agroindústria no Brasil, mas na maconha deles eles querem toda tecnologia à disposição”, disse.
Weintraub ainda acusou laboratórios de química de produzirem metanfetamina. O ministro, no entanto, também não apresentou provas e nem disse suspeitar em quais universidades isso aconteceria. “Você pega laboratórios de química – uma faculdade de química não era um centro de doutrinação – desenvolvendo drogas sintéticas, metanfetamina, e a polícia não pode entrar nos campi”, afirmou.
O ministro justificava o que ele chama de “falácia de liberdade” das universidades. “Foi criada uma falácia que as universidades federais precisam ter autonomia. Justo, autonomia de pesquisa, ensino… Só que essa autonomia acabou se transfigurando em soberania”, disse.
Weintraub classificou as universidades de “madraças (escola muçulmana de doutrinação)” e disse defender a diminuição do “poder absoluto e hegemônico” delas.
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