O presidente do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), Eurípedes de Macedo Júnior, é acusado de agredir de filha de 19 anos, na quarta-feira (8), em Planaltina de Goiás.
Segundo a ocorrência feita pela jovem na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) da região, ela teria se encontrado com o pai em seu escritório. Ao chegar no local marcado, Macedo Júnior disse que precisava do carro dela e que pagaria R$ 15 mil pelo automóvel. A vítima, entretanto, não aceitou a proposta e, para evitar brigas, saiu do local.
Ainda de acordo com a jovem, as agressões vieram em seguida quando Macedo Júnior foi atrás dela, retirou a chave do carro de suas mãos à força e, depois, a agrediu com tapas e pontapés.
A jovem narra ainda que conseguiu entrar no veículo, mas o acusado lhe tirou do carro e a jogou no chão. Em seguida, partiu com o veículo, jogando o celular e o carregador dela pela janela.
Eurípedes se manifestou por meio de seus advogados. Na nota, o presidente do Pros afirma que decidiu tomar o carro da filha por ela não ter pago as prestações do veículo. Ele ainda aponta que a relação entre os dois está “abalada” e classifica o episódio como um “conflito familiar”. “É lamentável que um pai ao buscar corrigir a filha, tenha um conflito familiar exposto na imprensa”, disse.
Em nota oficial, o Pros esclareceu que não houve situação de flagrante e, “tampouco Eurípedes encontra-se foragido". No documento, o Pros ainda acusa o delegado à frente do caso, Cristiomário Medeiros, de ser um “adversário político” de Eurípedes. “O delegado que conduz a referida investigação é notório adversário político de Macedo Júnior, e perdeu as eleições de 2016, em Planaltina (GO), para a chapa apoiada por Eurípedes”, informou o Pros, em nota.
O delegado Cristiomário Medeiros ressaltou que não há nenhuma desavença entre os dois e que não fez “mais que a obrigação em instaurar o inquérito referente à agressão”, declarou.
Outros casos
Em março e julho de 2017, Eurípedes Gomes de Macedo Júnior foi acusado de lavagem de dinheiro. Em 18 outubro do ano passado, o presidente do Pros foi alvo da Operação Partialis, que visava a combater o desvio de recursos públicos na aquisição de gases medicinais em Brasília e no Pará. Contudo, Eurípedes Júnior foi considerado foragido pela Justiça. Cinco dias depois, ele se apresentou à Polícia Federal com os advogados.
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