Durante a sessão desta quinta-feira (15), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, os deputados lamentaram a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Pedro Gomes.
O deputado Cabo Almi disse que o crime reforça que a legislação está errada e que a intervenção das Forças Armadas no Rio de Janeiro não adianta. “O Código Penal precisa ser alterado, os culpados severamente punidos e a Justiça precisa funcionar. Não podemos continuar assim.”
Para o deputado Felipe Orro (PSDB), a morte da vereadora tem relação com a falta de fiscalização das fronteiras em Mato Grosso do Sul, com a facilitação da entrada de armas de fogo e drogas, que são distribuídas pelo país.
O ex-secretário de Segurança Pública do Estado, deputado José Carlos Barbosa citou a falta de investimentos do Governo Federal e as promessas de implementação do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sifron). O deputado João Grandão (PT) concordou. “A gente vê os jornais dizendo que o presidente Michel Temer[PMDB] abandonou a fronteira, que é um ‘calo’. As matérias apontam mais de R$ 60 milhões em cortes de recursos da Segurança Pública em 2018.
O deputado Amarildo Cruz (PT) destacou o perfil da vereadora. “Quinta mais votada, 38 anos, negra, nascida e criada na favela, formada em Sociologia, capaz de entender a realidade do povo e por isso lutava contra as mazelas, defendia os oprimidos, denunciava as desigualdades. Foi execução sim. Para dar um recado. Como consertar esse país em que matam os bons?”, lamentou.
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