A defesa de João Fantazzini, tutor do cão Joca, o golden retriever de cinco anos que morreu após ser embarcado em um voo errado da companhia aérea Gol em abril deste ano, entrou com recurso para que a Justiça reabra o inquérito policial que investiga o caso.
O advogado Marcello Primo, pediu à Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo que reconsidere o inquérito criminal e aprofunde a investigação sobre a morte do cão. Pois, em 11 de julho, a Polícia Civil de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, concluiu a investigação sobre o caso e apontou que “houve efetivo erro no embarque do animal” durante a logística de viagem.
O juiz Gilberto Azevedo de Moraes Costa, da 6ª Vara Criminal do Foro de Guarulhos, acatou no dia 18 de outubro o pedido de arquivamento do Ministério Público de São Paulo (MPSP).
O advogado de João Fantazzini argumenta que o arquivamento pela Justiça “ocorreu sem que foram realizadas diligências essenciais, como a análise das imagens de câmeras de segurança, fotos apresentadas pelo funcionário responsável da retirada do animal no momento da chegada da aeronave no aeroporto de Fortaleza, onde restou provado que a caixa de transporte não seguiu qualquer protocolo de segurança”.
Ao pedir a revisão do caso, o tutor de Joca alega que “a conduta do funcionário da empresa [que derrubou a caixa e se omitiu em relação aos procedimentos de segurança] caracteriza crime de maus-tratos, conforme artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais, ao expor o animal a risco e causar-lhe sofrimento, culminando em sua morte”.
Cão Joca
O cão Joca deveria ter saído do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, com destino ao Aeroporto Municipal de Sinop, no Mato Grosso, no voo 1480. A Gol, no entanto, embarcou Joca em um voo diferente, para Fortaleza, capital do Ceará. O tutor dele só soube do erro ao chegar no Mato Grosso.
Após ser avisado sobre o erro, o tutor voltou para Guarulhos para reencontrar Joca em São Paulo, mas ele já havia morrido. Em nota, a companhia afirmou ter sido surpreendida pela morte do cachorro quando o avião pousou com ele em Guarulhos.
A Gol afirmou que “lamentou profundamente” a morte de Joca e se solidarizou com a dor do seu tutor. A companhia admite que uma falha operacional fez com que o cachorro fosse embarcado no voo errado e diz que a apuração dos detalhes do caso está sendo conduzida com “prioridade total”.
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