Uma anomalia magnética no Oceano Atlântico Sul está crescendo, e ela passa por uma faixa territorial que abrange o sul e o sudeste do Brasil.
Segundo relatório do governo dos Estados Unidos, ela se chama Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS), e está em um local no Atlântico Sul em que a chamada magnetosfera - que é um campo magnético que circunda o nosso planeta e controla os processos eletrodinâmicos da atmosfera ionizadas e de plasmas - é mais fraca.
A anomalia está se aprofundando e se movendo para o oeste e aumentou cerca de 5%. As informações coletadas ainda detalharam que ela pode ocasionar diversos impactos, que vão desde danos potenciais aos satélites devido à radiação excessiva, até a obstrução da propagação das ondas de rádio.
Devido ao crescimento da AMAS em relação à proximidade com a América do Sul, houve defasagem da proteção magnética da Terra localizada nesta região, mais especificamente no Sul e Sudeste do Brasil, até a faixa que se estende à África.
A AMAS está sendo acompanhada por diversas agências governamentais internacionais que compõem o World Magnetic Model (WMM). E é monitorada por agências espaciais como a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA), e mais recentemente pelo Brasil, que lançou ao espaço o nanossatélite NanosatC-BR2 com esta missão.
”As agências espaciais têm interesse na anomalia, porque como essa região tem um campo mais enfraquecido, as partículas do vento solar adentram nessa região com mais facilidade, o fluxo de partículas carregadas que passam por aquela região é muito mais intenso”, explicou o doutor em Física e pesquisador do Observatório Nacional, Marcel Nogueira.
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