O governador do estado Reinaldo Azambuja detalha projetos que visam aumentar o sistema logístico de escoamento da safra do Mato Grosso do Sul através de investimentos. A declaração de Azambuja aconteceu durante o lançamento da colheita do milho na Aprosoja que aconteceu nesta quinta-feira (6).
Reinaldo falou sobre a potencialização do escoamento da produção de Mato Grosso do Sul ao destacar a expansão dos portos de Porto Murtinho e as instalações das rotas bioceâncias, rodoviária e ferroviária.
A ampliação da concessão da ferrovia Malha Paulista, que liga a divisa de São Paulo com Mato Grosso do Sul até o porto de Santos (SP), garantiu investimentos que vão dobrar a capacidade de transporte do modal, de 30 milhões de toneladas para 75 milhões de toneladas. Os mesmos investimentos no estado vizinho fortalecem o terminal ferroviário de Chapadão do Sul, que compõe a Ferronorte – ferrovia que liga Santa Fé do Sul (SP) a Rondonópolis (MT) passando pelo Nordeste de Mato Grosso do Sul.
Já a Malha Oeste, traçado ferroviário que conecta Três Lagoas a Corumbá, será revitalizado por meio do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), do governo federal, conforme tratativas anunciadas pelo ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes, e pelo governador Reinaldo Azambuja. O trecho é o início da Ferrovia TransAmericana, também conhecida como Corredor Ferroviário Biocênico, uma vez que liga as ferrovias do Brasil aos portos do Oceano Pacífico, no Chile e Peru, passando pela Bolívia e Argentina.
Outro projeto de integração Atlântico/Pacífico, a Rota Bioceânica Rodoviária já é realidade. Brasil e Paraguai já selaram acordo para a construção da ponte sobre o Rio Paraguai que vai unir as cidades de Porto Murtinho e Carmelo Peralta. A obra, que será custeada pela Itaipu Binacional, está em processo licitatório do projeto de impacto ambiental.
Também em Porto Murtinho, dois novos terminais portuários da iniciativa privada vão potencializar a logística de MS. Para Reinaldo Azambuja, o ambiente é favorável para a perfeita integração entre os segmentos produtivo e logístico. “É fundamental essa expansão da área logística porque a projeção da Aprosoja é de que Mato Grosso do Sul aumente para 1,5 milhão de hectare a área plantada nos próximos 10 anos. E vamos ter como transportar essas riquezas produzidas – com integração, ampliação de área, pesquisa, tecnologia, aumento de produtividade, controle de pragas e vazio sanitário”, afirmou.
Milho 2ª safra
Conforme divulgado pela Aprosoja durante o lançamento da colheita do milho 2ª safra, da temporada 2018/2019, a estimativa é de Mato Grosso do Sul tenha produção de 9,6 milhões de toneladas do cereal, com alta de 6% em relação à projeção inicial. A produtividade deve chegar a 85 sacas por hectare e a área está prevista em 1,918 milhão de hectares.